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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 90 • 453<br />

tormentos, e isso ainda no período em que os homens se encontram<br />

no auge <strong>de</strong> sua vaida<strong>de</strong>. A razão acrescida, pois ela passa rapidamente,<br />

e nós voamos, parece difícil <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar-se ao escopo da passagem;<br />

pois a felicida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser breve, contudo nem por isso ela <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong><br />

ser felicida<strong>de</strong>. Moisés, porém, tem em mente que os homens estupidamente<br />

se gloriam <strong>de</strong> sua excelência, visto que, quer queiram quer<br />

não, são constrangidos a olhar para o tempo por vir. E tão logo abrem<br />

seus olhos, percebem que são arrastados e apresentados à morte com<br />

incrível rapi<strong>de</strong>z, e que sua excelência num instante se <strong>de</strong>svanece.<br />

[vv. 11-13]<br />

Quem conhece o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> teu furor? e segundo teu temor, assim é tua ira.<br />

Ensina-nos então 11 a contar nossos dias, e aplicaremos nossos corações à<br />

sabedoria. <strong>Vol</strong>ta-te, ó Jehovah, até quando? Pacifica-te para com teus servos.<br />

11. Quem conhece o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> teu furor? Moisés uma vez mais<br />

volta a falar das aflições peculiares aos israelitas; pois ele também,<br />

naquela ocasião, se queixou diante da comum fragilida<strong>de</strong> e misérias<br />

da humanida<strong>de</strong>. Ele com razão exclama que o po<strong>de</strong>r da ira <strong>de</strong> Deus é<br />

incomensuravelmente gran<strong>de</strong>. Enquanto Deus tem sua mão afastada,<br />

os homens audaciosamente escapam como escravos fugitivos que não<br />

mais temem a presença <strong>de</strong> seus donos; tampouco po<strong>de</strong> sua natureza<br />

rebel<strong>de</strong> ser reconduzida à obediência <strong>de</strong> qualquer outra maneira senão<br />

abalando-os com o temor <strong>de</strong> seu juízo. O significado, pois, é que,<br />

enquanto Deus se oculta e, por assim dizer, dissimula seu <strong>de</strong>sprazer,<br />

os homens se inflam <strong>de</strong> soberba e se precipitam sobre o pecado com<br />

incauta impetuosida<strong>de</strong>; mas quando se vêem compelidos a sentir quão<br />

tremenda é sua ira, então se esquecem <strong>de</strong> sua modorra e são reduzidos<br />

a nada. O que se segue: Segundo teu temor, assim é tua ira, é<br />

11 Há uma ambigüida<strong>de</strong> em /k, visto que ela <strong>de</strong>nota ou assim ou corretamente. Daí a dupla interpretação<br />

<strong>de</strong>la; ou ‘assim nos fazes conhecer que po<strong>de</strong>mos ter um coração <strong>de</strong> sabedoria no porvir’,<br />

isto é, assim somos instruídos que po<strong>de</strong>mos adquirir um coração sábio. Ou, ‘ensina-nos a contar<br />

nossos dias corretamente’ etc. A LXX lhe imprime outra e distorcida interpretação.” – Bythner.

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