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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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696 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

tempo em que os egípcios eram afligidos por uma praga severa e<br />

terrível – quando todo o reino se encheu <strong>de</strong> pranto e lamento – e<br />

quando em quase toda casa havia um cadáver –, o povo que um<br />

pouco antes gemia com profunda aflição, ou, melhor, quase morto,<br />

saiu com os corações jubilosos. Pela <strong>de</strong>signação os escolhidos<br />

<strong>de</strong> Deus são lembrados que o favor divino não era assim exercido<br />

em prol <strong>de</strong>les em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus méritos pessoais, ou em virtu<strong>de</strong><br />

da dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua raça, mas porque ele os adotara, para que os<br />

homens, nada restando em si que os fizesse vangloriar-se, apren<strong>de</strong>ssem<br />

a glorificar unicamente a Deus.<br />

[vv. 44-45]<br />

E ele lhes <strong>de</strong>u os campos das nações; e possuíram o labor dos povos. 34<br />

Para que observassem suas or<strong>de</strong>nanças e guardassem sua lei. Aleluia.<br />

44. E lhes <strong>de</strong>u os campos das nações. O salmista apresenta a<br />

causa final pela qual Deus <strong>de</strong> tantas formas exibira seu prodigioso<br />

po<strong>de</strong>r em redimir o povo, por que ele não cessou <strong>de</strong> cuidar <strong>de</strong>les<br />

e <strong>de</strong>fendê-los no <strong>de</strong>serto – por que lhes <strong>de</strong>u a posse da terra como<br />

havia prometido; e isso se <strong>de</strong>u para que se <strong>de</strong>dicassem e se <strong>de</strong>votassem<br />

totalmente ao seu serviço. E <strong>de</strong> fato o fim a que Deus propôs<br />

em nossa eleição foi para que pu<strong>de</strong>sse ter na terra um povo por<br />

meio do qual ele fosse invocado e servido. Quanto mais eficazmente<br />

os ju<strong>de</strong>us fossem estimulados à gratidão, mais o profeta magnifica<br />

a gran<strong>de</strong>za da bonda<strong>de</strong> divina, <strong>de</strong>clarando que ocupariam uma<br />

extensão ainda mais ampla dos campos das nações, e que toda proprieda<strong>de</strong><br />

que muitos estados haviam adquirido com gran<strong>de</strong> labor,<br />

agora possuíam como que por direito <strong>de</strong> herança. O plural, quanto<br />

às palavras campos e nações, serve para exibir numa luz ainda<br />

mais notável a bonda<strong>de</strong> divina sobre o assunto em pauta. O Salmo<br />

34 Isto é, os produtos <strong>de</strong> seu labor; seus edifícios, vinhas, campos cultivados etc. Os israelitas<br />

tomaram posse da terra <strong>de</strong> Canaã, e naturalmente possuíram as vantagens oriundas <strong>de</strong> sua ocupação,<br />

e o cultivo realizado por aqueles que habitaram previamente nela [vejam-se Dt 6.10, 11; Js<br />

24.13].

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