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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 106 • 713<br />

aquela nutrição <strong>de</strong> que carecem. A razão consiste em que Deus subtraiu<br />

sua bênção do alimento que tão imo<strong>de</strong>radamente <strong>de</strong>sejaram,<br />

a fim <strong>de</strong> que esse seu castigo por sua transgressão os humilhasse.<br />

Sua perversida<strong>de</strong>, porém, se divisa <strong>de</strong> forma gigantesca, tanto que<br />

esse método <strong>de</strong> castigá-los não consegue dominar a obstinação <strong>de</strong><br />

seu coração. É um dito proverbial dizer que os tolos apren<strong>de</strong>m a<br />

sabedoria mediante sua experiência do mal. Quão insano e incorrigível<br />

<strong>de</strong>vem ter sido eles, os quais nem mesmo a compulsão os<br />

transformou!<br />

[vv. 16-22]<br />

E invejaram a Moisés no acampamento, e a Arão, o santo <strong>de</strong> Jehovah. A<br />

terra abriu-se e engoliu a Datã e cobriu a tenda <strong>de</strong> Abirão. E um fogo se<br />

acen<strong>de</strong>u em sua assembléia, e a chama consumiu os perversos. Fizeram<br />

um bezerro em Horebe, e adoraram diante <strong>de</strong> uma imagem fundida. E mudaram<br />

sua glória na semelhança <strong>de</strong> um boi que come erva. E se esqueceram<br />

<strong>de</strong> Deus, seu preservador, que havia feito gran<strong>de</strong>s coisas no Egito; e<br />

obras maravilhosas na terra <strong>de</strong> Cam, e coisas terríveis no Mar Vermelho.<br />

16. E invejaram. Aqui ele faz referência bem sucinta a outra<br />

transgressão, <strong>de</strong> maneira a fornecer motivos para si e para outros<br />

<strong>de</strong> profunda consi<strong>de</strong>ração. Porque, como o povo, ao inventar <strong>de</strong><br />

tempo em tempo novos métodos <strong>de</strong> pecar, revelou tanta astúcia em<br />

suas tentativas <strong>de</strong> provocar a ira divina, assim <strong>de</strong>vemos encher-nos,<br />

por essa conta, ainda mais <strong>de</strong> temor. Além disso, ao dizer que invejaram<br />

a Moisés e a Arão, sua intenção é que, agindo sob a influência<br />

<strong>de</strong> diabólica soberba, levantaram-se contra Deus e tudo faziam para<br />

lançar <strong>de</strong> si o jugo que ele lhes havia imposto; é como Moisés também<br />

diz: “O que eu sou, e o que é Arão, para que murmurem contra<br />

nós?” [Nm 16.11]. Como a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus era governar o povo por<br />

meio <strong>de</strong> Moisés e Arão, não submeter-se a sua diretriz virtualmente<br />

era o mesmo que obstinadamente resistir à autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />

mesmo. Portanto, há gran<strong>de</strong> importância anexada ao termo inveja,<br />

isto é, que ao mesmo tempo que Deus tratava os filhos <strong>de</strong> Israel com<br />

a máxima bonda<strong>de</strong> e cuidado, contudo se <strong>de</strong>sgostavam <strong>de</strong> sua sor-

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