31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

136 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

quando consi<strong>de</strong>ramos sua etimologia, não se aplica impropriamente<br />

aos lugares on<strong>de</strong> as santas assembléias costumavam aten<strong>de</strong>r à convocação,<br />

não só para ler e explanar os profetas, mas também para<br />

invocar o nome <strong>de</strong> Deus. Os perversos, como se o profeta tivesse dito,<br />

têm feito tudo a seu alcance para extinguir e aniquilar o culto <strong>de</strong> Deus<br />

na Judéia.<br />

[vv. 9-12]<br />

Já não vemos nossos sinais; já não há profeta, nem há entre nós quem saiba<br />

até quando isso durará. Até quando, ó Deus, o adversário nos afrontará?<br />

O inimigo blasfemará teu nome para sempre? Até quando retrais tua mão,<br />

tua mão direita? Consome-os <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> teu seio. 15 Deus, porém, é o meu<br />

Rei <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio, operando os livramentos no meio da terra.<br />

9. Já não vemos nossos sinais. Aqui os ju<strong>de</strong>us piedosos mostram<br />

que suas calamida<strong>de</strong>s se agravaram à luz da circunstância, e<br />

que não havia nenhuma consolação para aliviá-los. É um po<strong>de</strong>roso<br />

meio <strong>de</strong> encorajar os filhos <strong>de</strong> Deus, quando ele os capacita a nutrir<br />

a esperança <strong>de</strong> ainda reconciliá-los consigo mesmo, prometendo que<br />

mesmo no fogo <strong>de</strong> sua ira se lembrará <strong>de</strong> sua misericórdia. Há quem<br />

limita os sinais aqui mencionados aos milagres por meio dos quais<br />

Deus outrora testificara, ao mesmo tempo em que afligia seu povo<br />

para que, não obstante, continuasse ainda sendo gracioso para com<br />

eles. Os fiéis, porém, antes se queixavam <strong>de</strong> haver ele removido <strong>de</strong><br />

seu meio os emblemas <strong>de</strong> seu favor e <strong>de</strong> alguma forma havia ocultado<br />

<strong>de</strong>les seu rosto. 16 Estamos submersos em trevas, como se o profeta<br />

dissesse, porque tu, ó Deus, já não fazes teu rosto resplan<strong>de</strong>cer sobre<br />

nós como costumavas fazer. Assim nos é comum falar <strong>de</strong> pessoas nos<br />

dando mostras ou <strong>de</strong> seu amor ou <strong>de</strong> seu ódio. Em suma, o povo <strong>de</strong><br />

Deus aqui se queixa não só <strong>de</strong> que o tempo estava nublado e escuro,<br />

15 O verbo, que é hlk, kalleh, na conjugação Pihel, é <strong>de</strong> hlk, kalah, consumptus est. No Salmo<br />

59.13 ele é usado duas vezes, hlk hwmjb hlk, kalleh bechemah kalleh, consome-os na ira, consome-os.”<br />

Portanto, tudo indica ser preferível a tradução consumir, em vez <strong>de</strong> tirar, que é o verbo <strong>de</strong><br />

algumas <strong>de</strong> nossas versões, e conservar, segundo outras.<br />

16 “Já não vemos qualquer sinal <strong>de</strong> tua divina presença conosco.” – Tremellius.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!