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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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290 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

sesse isso na frente para preparar o caminho e po<strong>de</strong>r obter o trono <strong>de</strong><br />

seus corações. Primeiro livra o povo das superstições, visto que estas<br />

<strong>de</strong>vem necessariamente ser arrancadas e eliminadas antes, para que a<br />

verda<strong>de</strong>ira religião possa criar raízes em nossos corações.<br />

10. Eu sou Jehovah teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre<br />

bem tua boca. Deus, ao fazer menção do livramento que operara em<br />

prol do povo, pôs um freio naqueles a quem tomara sob sua proteção,<br />

por meio do qual ele pu<strong>de</strong>sse mantê-los jungidos a seu serviço. E agora<br />

lhes assegura que, com respeito ao tempo ainda por vir, ele tinha<br />

abundante provisão <strong>de</strong> todas as bênçãos com as quais pu<strong>de</strong>sse encher<br />

e satisfazer seus <strong>de</strong>sejos. Os três argumentos que ele emprega para<br />

induzir os israelitas a a<strong>de</strong>rirem exclusivamente a ele, e pelos quais<br />

ele lhes mostra quão perversa e impiamente agiram voltando-lhe as<br />

costas, e ao recorrerem aos <strong>de</strong>uses estranhos se tornavam dignos<br />

<strong>de</strong> especial atenção. O primeiro consiste em que ele é Jehovah. Pelo<br />

termo Jeohvah ele assevera seus direitos como Deus, por natureza, e<br />

<strong>de</strong>clara que está além do po<strong>de</strong>r do homem criar novos <strong>de</strong>uses. Ao dizer:<br />

Eu sou Jeohvah, o pronome Eu é enfático. Os egípcios, sem dúvida,<br />

pretendiam adorar o Criador do céu e da terra; porém, ao <strong>de</strong>sprezarem<br />

o Deus <strong>de</strong> Israel, foram claramente persuadidos <strong>de</strong> falsida<strong>de</strong>. Sempre<br />

que os homens se apartam <strong>de</strong>le, adornam os ídolos se sua própria<br />

invenção em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong>le, sejam quais forem os fraudulentos pretextos<br />

pelos quais tentam justificar-se. Depois <strong>de</strong> ter afirmado ser<br />

Jehovah, ele prova sua Divinda<strong>de</strong> a partir do efeito e da experiência –<br />

a partir da evidência clara e irrefutável <strong>de</strong>la na ação <strong>de</strong> livrar seu povo<br />

do Egito e, especialmente, da concretização, naquele tempo, da promessa<br />

que fizera aos pais. Este é seu segundo argumento. O po<strong>de</strong>r que<br />

fora exibido naquela ocasião não <strong>de</strong>ve ser contemplado isoladamente,<br />

visto que ele <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do pacto, o qual muito antes fizera com Abraão.<br />

Por meio <strong>de</strong>sse livramento, ele <strong>de</strong>u prova <strong>de</strong> sua veracida<strong>de</strong>, não menos<br />

que <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r, e assim vindicou o louvor que lhe era <strong>de</strong>vido.<br />

O terceiro argumento consiste em que ele se oferece ao povo para o<br />

futuro; assegurando-lhes que, contanto que continuem a perseverar

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