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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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652 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

16. As árvores <strong>de</strong> Jehovah serão saciadas. O salmista novamente<br />

trata da providência geral <strong>de</strong> Deus em revelar cuidado por todas as<br />

partes do mundo. Em primeiro lugar, ele assevera que, pela irrigação<br />

<strong>de</strong> que falara, as árvores são saciadas, ou ficam cheias <strong>de</strong> seiva, assim<br />

florescendo para que haja lugar <strong>de</strong> habitação para as aves. Em seguida<br />

<strong>de</strong>clara que as cabras e os coelhos selvagens têm também seu lugar<br />

<strong>de</strong> refúgio, para mostrar que nenhuma parte do mundo fica esquecida<br />

por ele, o qual é o melhor <strong>de</strong> todos os pais, e que nenhuma criatura<br />

é excluída <strong>de</strong> seu cuidado. A transição que o profeta faz dos homens<br />

para as árvores é como se quisesse dizer: Não surpreen<strong>de</strong> que Deus<br />

tão liberalmente nutra os homens que são criados a sua própria imagem,<br />

visto que ele não revela má vonta<strong>de</strong> nem mesmo para esten<strong>de</strong>r<br />

seu cuidado às próprias árvores. Pela expressão, as árvores do Senhor,<br />

está em pauta aquelas que são altas e <strong>de</strong> excessiva beleza; pois<br />

a bênção <strong>de</strong> Deus se faz mais evi<strong>de</strong>nte nelas. É difícil <strong>de</strong> se imaginar<br />

que alguma seiva da terra chegue a uma altura tão imensa e ainda as<br />

árvores renovem sua folhagem a cada ano.<br />

[vv. 19-23]<br />

Ele <strong>de</strong>signou a lua para distinguir as estações; o sol conhece seu ocaso.<br />

Tu fazes a escuridão e se faz noite; quando todos os animais da floresta<br />

se movimentam. Os leões rugem após sua presa, e <strong>de</strong> Deus buscam seu<br />

alimento. 16 O sol nascerá, e eles se reúnem e se <strong>de</strong>itam em seus covis. 17 O<br />

homem sairá para sua obra e seu labor até a noite.<br />

19. Ele <strong>de</strong>signou a lua para distinguir as estações. O salmista<br />

agora chega a outra exaltação da providência divina como mani-<br />

16 O que aqui peculiarmente se diz dos leões, que ‘rugem após sua presa e <strong>de</strong> Deus buscam<br />

seu alimento’, po<strong>de</strong> ser ilustrado pelo que se observa <strong>de</strong>ssas criaturas: que a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> sua<br />

gran<strong>de</strong> força, ganância e rapacida<strong>de</strong>, não são proporcionalmente providos <strong>de</strong> ligeireza física<br />

para sair em perseguição <strong>de</strong> sua presa no <strong>de</strong>serto, nem tão espertos ao ponto <strong>de</strong> segui-la e<br />

arrastá-la para seu lugar <strong>de</strong> repouso. Portanto, foi necessário que esses animais fossem compensados<br />

<strong>de</strong> tais <strong>de</strong>ficiências com algum outro recurso. E por isso alguns têm afirmado que<br />

seu próprio rugir lhes é útil para este fim, e que quando não po<strong>de</strong>m surpreen<strong>de</strong>r sua presa,<br />

eles usam seu urro feroz para assustar os pobres animais, que caem diante <strong>de</strong>les<br />

17 Na versão francesa, todos os verbos neste versículo são traduzidos no tempo presente.

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