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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 106 • 723<br />

intenção do profeta: que os ju<strong>de</strong>us impiamente haviam se revoltado<br />

contra Deus e se conspurcaram se juntando a Baal-peor. Ao dizer que<br />

comeram os sacrifícios dos mortos, 24 ele põe em relevo a mais profunda<br />

vileza <strong>de</strong> sua ofensa. Pelos sacrifícios dos ídolos ele quer dizer que<br />

comiam coisas que eram sacrificadas aos ídolos, como se tivessem o<br />

costume <strong>de</strong> participar daqueles sacrifícios que os obrigavam ao Deus<br />

verda<strong>de</strong>iro, a inexaurível fonte <strong>de</strong> vida. Daí sua conduta ser ainda mais<br />

<strong>de</strong>testável, quando <strong>de</strong> bom grado se entregam à morte por perpetrarem<br />

tão hediondo crime. E sabemos que os banquetes eram em certa<br />

medida conectados a seu culto. O resultado disso era que, renunciando<br />

ao Deus verda<strong>de</strong>iro, se uniam em matrimônio aos mortos; e assim<br />

o profeta os culpa <strong>de</strong> agirem <strong>de</strong>sditosamente, não só em curvarem os<br />

joelhos a Baal e oferecerem-lhe sacrifícios, mas também em refestelarem-se<br />

nesses sacrifícios.<br />

29. E provocaram Deus à ira. O profeta uma vez mais nos informa<br />

que tinham sido <strong>de</strong>spidos <strong>de</strong> sua guarda por outra praga para que<br />

parecesse que Deus teve sempre estrita consi<strong>de</strong>ração por sua própria<br />

glória, ao castigar o povo; mas visto que não melhoravam com essas<br />

pragas, tais castigos eram infrutíferos. Tendo ante riormente afirmado<br />

que a ira <strong>de</strong> Deus tinha sido apaziguada pelas orações <strong>de</strong> Moisés,<br />

ele agora diz que a praga tinha se arrefecido ou cessado por meio<br />

da bondosa intervenção <strong>de</strong> Finéias. Alguns traduzem a palavra Llp,<br />

pillel, orar; mas a outra tradução, executar justiça, está mais em concordância<br />

com o contexto; isto é, que, por seu zelo em executar justiça<br />

sobre os apóstatas, ele reverteu a vingança <strong>de</strong> Deus sobre os israelitas.<br />

Portanto, ele levantou-se, isto é, ele ergueu-se ou se interpôs, quando<br />

48.7, imagina-se ser o mesmo Baal-peor. Diz Goodwin: “Consi<strong>de</strong>ro-o aplicado a Baal-peor, à guisa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sprezo, como se alguém dissesse: seu <strong>de</strong>us cego, conforme se faz no Salmo: “Têm olhos, e<br />

não vêem”; pois a primeira letra, caph, significa como se fosse, ou como, e ‏,מוש musch, andar às<br />

cegas, ou lamentar à maneira <strong>de</strong> pessoas cegas”. Este ídolo era também chamado Baal-bereth [Jz<br />

8.33 e 9.4], <strong>de</strong> seus adoradores se obrigando por meio <strong>de</strong> pacto.<br />

24 “Os mortos” parece ser um termo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdém aplicado aos ídolos. São assim chamados em<br />

oposição ao Deus vivo e verda<strong>de</strong>iro. Po<strong>de</strong> haver também uma alusão ao fato <strong>de</strong> muitos dos ídolos<br />

pagãos serem homens que tinham sido <strong>de</strong>ificados [ou canonizados] <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sua morte.

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