31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

344 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

está sempre disposto a compassivamente ouvir as orações <strong>de</strong> seus<br />

servos, e sempre lhes oferece socorro quando as exigências <strong>de</strong> suas<br />

circunstâncias o requeiram; especialmente quando ali permanece<br />

em todos os tempos a mesma razão para a imutabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<br />

bonda<strong>de</strong>. Assim o profeta, feliz, aplica aos crentes <strong>de</strong> seus próprios<br />

dias os benefícios que Deus outrora conce<strong>de</strong>ra a seus pais, porquanto<br />

ambos, eles e seus pais, foram chamados à esperança da<br />

mesma herança.<br />

2. Tu removeste a iniqüida<strong>de</strong> <strong>de</strong> teu povo. Era muito natural<br />

que os fiéis se sentissem alar<strong>de</strong>ados e perplexos em razão <strong>de</strong><br />

seus pecados, e por isso o profeta remove toda base para apreensão<br />

excessiva, mostrando-lhes que Deus, ao libertar seu povo, <strong>de</strong>ra<br />

uma prova contun<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> seu perdão gratuito. Conectara antes<br />

esse livramento com o beneplácito e livre graça <strong>de</strong> Deus como sua<br />

fonte; mas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> operado, as iniqüida<strong>de</strong>s do povo, fazendo separação<br />

entre eles e seu Deus, e os alienando <strong>de</strong>le, <strong>de</strong>mandavam<br />

que o remédio do perdão se apressasse em seu socorro. Ao afirmar<br />

que suas iniqüida<strong>de</strong>s foram removidas, ele não quer dizer que<br />

os fiéis estão sendo transformados e expurgados <strong>de</strong> seus pecados;<br />

em outros termos, que a obra pela qual Deus, os santificando pelo<br />

Espírito <strong>de</strong> regeneração, realmente remove <strong>de</strong>les seu pecado. O<br />

que pretendia dizer, ele o explica imediatamente a seguir. Em suma,<br />

equivale a isto: que Deus se reconciliava com os ju<strong>de</strong>us, não lhes<br />

imputando seus pecados. Quando Deus afirma que cobre pecados,<br />

sua intenção é dizer que os sepulta, <strong>de</strong> modo que não venham a<br />

juízo, como já mostramos mais extensamente no início do Salmo<br />

32. Quando, pois, ele castigou os pecados <strong>de</strong> seu povo por intermédio<br />

do cativeiro, sendo sua vonta<strong>de</strong> restaurá-los novamente a seu<br />

próprio país, ele removeu o gran<strong>de</strong> empecilho que se interpunha,<br />

apagando suas transgressões; porquanto o livramento do castigo<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da remissão <strong>de</strong> pecado. Assim somos munidos com um<br />

argumento em refutação do tolo conceito dos sofistas, o qual eles<br />

apresentam como sendo algum gran<strong>de</strong> mistério, a saber: que Deus

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!