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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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688 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

mostrar que o livramento do povo eleito era obra <strong>de</strong> Deus. Novamente<br />

distingue entre o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus e o ministério <strong>de</strong> Moisés e Arão. Deveras<br />

ele assevera que esses homens realizaram milagres, mas esses<br />

milagres procediam <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong> modo que o po<strong>de</strong>r celestial não foi<br />

obscuramente exibido por sua instrumentalida<strong>de</strong>.<br />

No versículo 28 ele especifica um <strong>de</strong>sses milagres, o qual, não<br />

obstante, não era o primeiro em or<strong>de</strong>m, mas <strong>de</strong> cuja luz é fácil <strong>de</strong>duzir<br />

que Deus foi o Autor do livramento <strong>de</strong> Israel, e no qual o curso da natureza<br />

foi totalmente mudado; pois nada é mais espantoso do que ver<br />

a luz converter-se em trevas. Na segunda sentença, ele enaltece a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Moisés e <strong>de</strong> Arão, em corajosamente executar tudo quanto<br />

Deus lhes or<strong>de</strong>nara: E eles não foram rebel<strong>de</strong>s contra sua palavra. 23<br />

Houve, como se quisesse dizer, a mais perfeita harmonia entre a or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> Deus e a obediência <strong>de</strong> ambos seus servos.<br />

29. Ele converteu suas águas em sangue. Quão grave foi esta praga<br />

para os egípcios, po<strong>de</strong>-se conjeturar à luz <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ração, a saber,<br />

que o elemento água é um dos dois gran<strong>de</strong>s meios <strong>de</strong> sustento da vida.<br />

E o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus resplan<strong>de</strong>ce ainda mais à luz do fato <strong>de</strong> que, embora<br />

a terra do Egito seja bem irrigada, todavia os egípcios foram abrasados<br />

com sequidão em meio à abundância <strong>de</strong> água. Depois lemos que se<br />

produziram rãs, 24 e entravam até nas câmaras dos reis; por meio do<br />

quê Deus manifestamente evi<strong>de</strong>nciou que ele era o autor do milagre;<br />

pois embora todo o Egito se viu tragado por enxame <strong>de</strong> rãs, as câmaras<br />

dos reis <strong>de</strong>veriam ter ficado imunes <strong>de</strong>ssa repugnância. Pelo termo<br />

reis <strong>de</strong>nota-se ou os nobres do reino ou os filhos do rei que viviam<br />

23 Executaram a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Deus, com respeito às pragas trazidas sobre os egípcios, embora<br />

soubessem que ao agirem assim incorreriam no pesado <strong>de</strong>sprazer <strong>de</strong> faraó, e exporiam suas vidas<br />

a perigos consi<strong>de</strong>ráveis. “O significado <strong>de</strong> al wrm, eles não resistiram”, diz Hammond, “parece ser<br />

não mais que aquilo afirmado na história [Êx 10.21, 22]: ‘O Senhor disse a Moisés: Esten<strong>de</strong> tua<br />

mão. E Moisés esten<strong>de</strong>u sua mão’, isto é, prontamente obe<strong>de</strong>ceu e fez o que Deus or<strong>de</strong>nara, e isso<br />

numa época em que faraó estava igualmente irritado e veementemente ofendido com ele e Arão.<br />

24 O verbo hebraico para produzir é ‏,שרף sharats, que significa multiplicar excessivamente; e<br />

“o substantivo é usado para coisas rastejantes, porque se procriam em gran<strong>de</strong> profusão. Portanto<br />

não po<strong>de</strong> ser mais a<strong>de</strong>quadamente traduzido, segundo a observação <strong>de</strong> Hammond, do que por<br />

enxamear.” – Phillips.

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