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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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262 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

[vv. 10-13]<br />

Por que diriam os pagãos: On<strong>de</strong> está o teu Deus? Que se torne conhecida<br />

entre os pagãos, a nossa vista, a vingança do sangue <strong>de</strong> teus servos, o qual<br />

foi <strong>de</strong>rramado. Que venha perante tua face [ou tua presença] o suspiro [ou<br />

gemido] dos prisioneiros; 8 e, segundo a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> teu braço, preserva os<br />

filhos da morte. 9 E recompensa nossos vizinhos sete vezes tanto, em seu<br />

seio, 10 sua injúria com a qual te injuriaram, ó Jehovah! E nós, teu povo e<br />

ovelhas <strong>de</strong> teu pastoreio, confessaremos a ti 11 para sempre; <strong>de</strong>clararemos<br />

teu louvor <strong>de</strong> geração em geração.<br />

10. Por que diriam os pagãos: On<strong>de</strong> está o teu Deus? Aqui o<br />

povo <strong>de</strong> Deus, ao apelar para seu nome como uma garantia ante o<br />

trono da graça, agem assim num sentido diferente daquele para o<br />

qual apelaram antes. Ele nos esten<strong>de</strong> sua compaixão por amor <strong>de</strong> seu<br />

nome; porque, como é misericordioso, ele terá nossas bocas fechadas;<br />

e para que somente ele seja consi<strong>de</strong>rado justo, graciosamente<br />

perdoa nossos pecados. Aqui, porém, os fiéis lhe rogam que não permita<br />

que seu sacro nome seja exposto às blasfêmias e insultos dos<br />

ímpios. Disto somos ensinados que não oraremos <strong>de</strong> uma maneira<br />

correta a menos que a preocupação por nossa própria salvação e zelo<br />

pela glória <strong>de</strong> Deus sejam inseparavelmente entrelaçados em nosso<br />

exercício. À luz da segunda sentença do versículo, é possível que<br />

surja a mesma pergunta que ora respon<strong>de</strong>mos. Embora Deus <strong>de</strong>clare<br />

que executará vingança contra nossos inimigos, não temos o direito<br />

<strong>de</strong> nutrir se<strong>de</strong> <strong>de</strong> vingança quando somos injuriados. Lembremo-nos<br />

<strong>de</strong> que esta forma <strong>de</strong> oração não foi ditada para todos os homens<br />

8 Horsley, que sugere que este Salmo foi composto durante os apertos do reinado <strong>de</strong> Manassés,<br />

supõe que “os prisioneiros” significam Manassés.<br />

9 “C’est, les condamnez à mort.” – v.f.m. “Ou, seja, os que são con<strong>de</strong>nados à morte.” “Filhos<br />

da morte, ou os que foram con<strong>de</strong>nados à morte em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus crimes, ou con<strong>de</strong>nados a ser<br />

<strong>de</strong>struídos por seus opressores. Ambos esses sentidos se aplicam aos israelitas: eram filhos da<br />

morte, ou, seja, dignos <strong>de</strong> morte por causa <strong>de</strong> seus pecados contra Deus. Foram con<strong>de</strong>nados à<br />

morte, ou à completa <strong>de</strong>struição, por seus inimigos babilônios.” – Dr. Adam Clarke.<br />

10 “Sétuplo, ou, seja, em medida excessivamente gran<strong>de</strong> [cf. Gn 4.15.24; 1Sm 2.5] – em seu<br />

seio. Esta é uma alusão ao costume <strong>de</strong> dobrar a roupa <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> usada, pelos nativos dos países<br />

orientais, para fazer <strong>de</strong>la um recipiente <strong>de</strong> dádivas. Cf. Salmo 35.13; Isaías 65.6; Jeremias 32.18;<br />

Lucas 6.38.” – Cresswell.<br />

11 “C’est, te rendrons graces.” – v.f.m. “Ou, seja, te daremos graças.”

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