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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 104 • 641<br />

e <strong>de</strong>spertando-os como bem lhe apraz, para que por seu ministério ele<br />

<strong>de</strong>clare seu po<strong>de</strong>r, assim os anjos foram criados para executar suas or<strong>de</strong>ns.<br />

E certamente pouco proveito extrairíamos da contemplação da<br />

natureza universal se não contemplarmos com os olhos da fé aquela<br />

glória espiritual da qual uma imagem se nos apresenta no mundo.<br />

[vv. 5-9]<br />

Ele fundou a terra sobre seus fundamentos, <strong>de</strong> modo que ela para sempre<br />

não será removida. Ele a cobriu com o abismo como com um manto; as<br />

águas estarão acima das montanhas. A tua repreensão fugirão; à voz <strong>de</strong> teu<br />

trovão se apressarão. 4 Os montes subirão e os vales <strong>de</strong>scerão 5 ao lugar que<br />

fundaste para eles. Tu fixaste um limite ao qual jamais ultrapassarão; não<br />

voltarão a cobrir a terra.<br />

5. Ele fundou a terra sobre seus fundamentos. Aqui o profeta<br />

celebra a glória <strong>de</strong> Deus, como se manifestou na estabilida<strong>de</strong> da terra.<br />

Uma vez que ela se acha suspensa no ar e é sustentada apenas por<br />

colunas <strong>de</strong> água, o que a faz manter-se em seu lugar <strong>de</strong> forma tão inabalável<br />

que daí não se po<strong>de</strong> mover? Admito que isso po<strong>de</strong> ser explicado<br />

com base em princípios naturais; pois a terra, que ocupa um lugar<br />

inferior, sendo o centro do mundo, naturalmente permanece firme ali.<br />

Mas, mesmo nesse artifício ali se manifesta o maravilhoso po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

Deus. Uma vez mais, se as águas são mais altas que a terra, porque<br />

são mais leves, por que elas não cobrem toda a terra <strong>de</strong> uma só vez?<br />

Certamente, a única resposta que os filósofos po<strong>de</strong>m dar a isso é que a<br />

4 “As águas, por meio <strong>de</strong> uma bela prosopopéia, supõem-se postas em pânico à voz <strong>de</strong> Jehovah.Veja<br />

Salmo 87.16.” – Dimock.<br />

5 Calvino aqui traduz montes e vales no caso nominativo. Em nossa versão inglesa são traduzidos<br />

no acusativo: “Eles subiram pelos montes e <strong>de</strong>sceram pelos vales.” “Aqui não está <strong>de</strong>finido”,<br />

diz Hammond, “se

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