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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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686 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

[Rm 11.33] e “um gran<strong>de</strong> abismo” [Sl 36.6]. Se nossa capacida<strong>de</strong> não<br />

falhasse em alcançar a altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus juízos, eles não teriam essa<br />

complexida<strong>de</strong> e mistério pelos quais são caracterizados. Entretanto,<br />

<strong>de</strong>ve-se observar que a raiz da malícia estava nos próprios egípcios,<br />

<strong>de</strong> modo que a falha não po<strong>de</strong> ser transferida para Deus. Digo que<br />

eram espontânea e inerentemente ímpios, e não forçados pela instigação<br />

<strong>de</strong> outro. No tocante a Deus, <strong>de</strong>ve ser-nos suficiente saber que<br />

essa era sua vonta<strong>de</strong>, embora a razão po<strong>de</strong> ser-nos <strong>de</strong>sconhecida. Mas<br />

a razão é também evi<strong>de</strong>nte, a qual vindica sua justiça contra toda e<br />

qualquer objeção. Se apren<strong>de</strong>rmos e mantivermos em mente somente<br />

esta pequena palavra <strong>de</strong> conselho – que a vonta<strong>de</strong> revelada <strong>de</strong> Deus<br />

<strong>de</strong>ve ser reverentemente aceita –, receberemos, sem disputa, aqueles<br />

mistérios que tanto ofen<strong>de</strong>m o soberbo, ou como tal seria cuidadoso<br />

<strong>de</strong>mais remover as dificulda<strong>de</strong>s, nas quais, segundo seu ponto <strong>de</strong><br />

vista, tais mistérios parecem estar envolvidos. 21 O profeta em seguida<br />

expressa a maneira na qual os egípcios agiram mal contra o povo <strong>de</strong><br />

Deus, a saber: não os assaltaram abertamente para que fossem postos<br />

à morte, mas planejaram, <strong>de</strong> um modo astuto e político, oprimi-los<br />

paulatinamente. Sua expressão é emprestada do próprio Moisés. E, intencionalmente,<br />

é usada para que não imaginemos que aos corações<br />

dos ímpios se permite, sem restrição, operar nossa <strong>de</strong>struição. É uma<br />

consi<strong>de</strong>ração que <strong>de</strong>ve seguramente satisfazer nossas mentes, isto é,<br />

que seja qual for a trama que o diabo e os ímpios engendram contra<br />

nós, Deus, não obstante, reprime suas tentativas. Mas é uma dupla<br />

confirmação <strong>de</strong> nossa fé quando ouvimos não só que suas mãos são<br />

amarradas, mas também seus corações e pensamentos, <strong>de</strong> modo que<br />

nada po<strong>de</strong>m fazer exceto o que Deus queira.<br />

26. Ele enviou a Moisés seu servo. Aqui o profeta sucintamente<br />

chama a atenção para tais coisas no tocante ao livramento do povo<br />

como se fossem dignas <strong>de</strong> especial observação. Tivessem os egípcios,<br />

21 “Ou ceux qui veulent estre trop pru<strong>de</strong>ns pour remedier aux inconveniens, ce leur semble.”<br />

– v.f.

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