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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 83 • 319<br />

da contestação? O próprio Josefo registra que os israelitas passaram<br />

por suas fronteiras sem causar-lhes qualquer prejuízo, poupando seu<br />

próprio sangue segundo o mandamento expresso <strong>de</strong> Deus. Quando os<br />

moabitas e amonitas então souberam que seus irmãos, os ju<strong>de</strong>us, os<br />

pouparam, lembrando-se <strong>de</strong> que eram do mesmo sangue e proce<strong>de</strong>ram<br />

<strong>de</strong> um pai comum, não <strong>de</strong>veriam também ter reciprocamente agido da<br />

mesma forma, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> envolver-se em qualquer empresa hostil<br />

contra eles? Mas é, por assim dizer, o <strong>de</strong>stino da Igreja, não só ser<br />

assaltada por inimigos externos, mas também <strong>de</strong> sofrer muito maior<br />

tribulação pelas mãos <strong>de</strong> falsos irmãos. Em nossos dias, ninguém é<br />

mais furiosamente ensan<strong>de</strong>cido contra nós do que os falsos cristãos.<br />

[vv. 9-12]<br />

Faz-lhes como aos midianitas, 13 como a Sísera, como a Jobim, no ribeiro <strong>de</strong><br />

Quisom. 14 Pereceram em Endor; tornaram-se como estrume para a terra.<br />

Faz a seus nobres como a Orebe, e como a Zeebe; 15 e a todos os seus príncipes<br />

como a Zebá e como a Zalmuna, 16 que disseram: Tomemos para nós<br />

as habitações <strong>de</strong> Deus por nossa possessão.<br />

9. Faz-lhes como aos midianitas. Os fiéis, havendo se queixado<br />

das muitas e graves opressões <strong>de</strong> que eram alvos, com vistas a induzir<br />

a Deus a mais prontamente socorrê-los, agora evocam a memória das<br />

muitas ocasiões nas quais ele oferecera lenitivo a seu povo, quando<br />

se <strong>de</strong>paravam com circunstâncias por <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>sesperadoras. Desse<br />

fato temos uma óbvia inferência <strong>de</strong> que Deus sabiamente <strong>de</strong>longa<br />

seu auxílio a seus servos sob opressão para que, quando estivessem<br />

reduzidos a extremo máximo, ele surgisse <strong>de</strong> uma maneira miraculosa<br />

em seu socorro. O profeta, neste versículo, enfeixa duas histórias. A<br />

13 Os midianitas <strong>de</strong>rivam seu nome <strong>de</strong> Midiã, filho <strong>de</strong> Abraão com Quetura [Gn 25.2]. A história<br />

aqui referida é à completa <strong>de</strong>rrota daquele povo por Gi<strong>de</strong>ão [Jz 7.21, 23].<br />

14 Quisom é uma torrente que flui do monte Tabor para o mar.<br />

15 Orebe e Zeebe eram dois chefes ou generais dos midianitas, e foram mortos pelos homens<br />

<strong>de</strong> Efraim, quando perseguiam os midianitas [Jz 7.24, 25].<br />

16 Zeba e Zalmuna eram reis <strong>de</strong> Midiã, os quais Gi<strong>de</strong>ão, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> haver <strong>de</strong>rrotado seu exército,<br />

tomou como prisioneiros e os fez morrer [Jz 8.10-21].

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