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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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598 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

11. Meus dias são como a sombra que <strong>de</strong>clina. 14 Quando o sol<br />

se encontra diretamente acima <strong>de</strong> nossa cabeça, ou, seja, ao meio-<br />

-dia, não observamos as súbitas mudanças das sombras que sua luz<br />

produz; mas quando ele começa a <strong>de</strong>clinar para o oci<strong>de</strong>nte, as sombras<br />

variam a quase cada instante. Essa é a razão por que o escritor<br />

sacro faz expressa menção da sombra que <strong>de</strong>clina. O que ele atribui<br />

à Igreja aflita <strong>de</strong> fato parece ser igualmente aplicável a todos os<br />

homens; mas ele tinha uma razão especial para empregar essa comparação<br />

com o fim <strong>de</strong> ilustrar a condição da Igreja quando sujeita à<br />

calamida<strong>de</strong> do exílio. É verda<strong>de</strong> que, assim que chegamos à velhice,<br />

nossa <strong>de</strong>cadência avança rapidamente. Aqui, porém, a queixa consiste<br />

em que isso sobreveio ao povo <strong>de</strong> Deus na flor <strong>de</strong> sua ida<strong>de</strong>.<br />

Pelo termo dias <strong>de</strong>ve-se enten<strong>de</strong>r todo o curso <strong>de</strong> sua vida; e o significado<br />

é que o cativeiro era para os santos como o pôr-do-sol, visto<br />

que rapidamente <strong>de</strong>sfaleciam. No final do versículo, a similitu<strong>de</strong> da<br />

erva que murcha, usada um pouco antes, é reiterada para notificar<br />

que sua vida durante o cativeiro estava envolta em tantas dores que<br />

secava neles a própria seiva da vida. Isso tampouco surpreen<strong>de</strong>,<br />

visto que viver em tal condição teria sido pior que cem mortes, não<br />

tivessem sido sustentados pela esperança <strong>de</strong> futuro livramento.<br />

Mas embora não estivessem totalmente esmagados pela tentação,<br />

pelo menos estavam em gran<strong>de</strong> angústia, porquanto se viam abandonados<br />

por Deus.<br />

[vv. 12-14]<br />

E tu, ó Jehovah, permanecerás para sempre; e tua memória, <strong>de</strong> geração<br />

em geração. Tu te levantarás e terás misericórdia <strong>de</strong> Sião; pois o tempo<br />

<strong>de</strong> te apiedares <strong>de</strong>la, o tempo <strong>de</strong> te compa<strong>de</strong>ceres <strong>de</strong>la, já chegou.<br />

Porque teus servos se <strong>de</strong>leitam em suas pedras e terão compaixão <strong>de</strong><br />

seu pó.<br />

14 Literalmente é: “Meus dias são como uma sombra estendida.” Como o sol se esten<strong>de</strong> no<br />

firmamento, a sombra <strong>de</strong> qualquer objeto terrestre gradualmente se esten<strong>de</strong> e cresce até chegar<br />

a uma distância incrível, e <strong>de</strong>saparece. O salmista se queixa <strong>de</strong> que seus dias eram como uma<br />

sombra estendida quase a sua extensão máxima ao ponto <strong>de</strong> quase tornar-se trevas completas.”<br />

Veja-se Salmo 119.23.

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