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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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388 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

esse espetáculo, para que nossas angústias, por mais graves que sejam,<br />

não nos esmaguem com <strong>de</strong>sespero; ou se em algum tempo estivermos<br />

quase a <strong>de</strong>sfalecer-nos pela exaustão, preocupação, tristeza, dor<br />

ou medo, não sejamos levados pelo <strong>de</strong>sespero, especialmente quando<br />

virmos que não é sem muito esforço que o santo profeta emerge<br />

<strong>de</strong>ssas trevas profundas para a alegre luz da esperança. Ao contrário,<br />

<strong>de</strong>scansemos certos <strong>de</strong> que o Espírito <strong>de</strong> Deus, pelos lábios <strong>de</strong> Hemã,<br />

nos fornece aqui uma forma <strong>de</strong> oração para encorajar todos os aflitos<br />

que porventura se vêem à beira do <strong>de</strong>sespero a buscar seu refúgio.<br />

[vv. 1-5]<br />

Ó Jehovah, Deus <strong>de</strong> minha salvação, diante <strong>de</strong> ti eu clamo <strong>de</strong> dia e <strong>de</strong> noite.<br />

Que minha oração chegue a tua presença; inclina teus ouvidos a meu<br />

clamor; pois minha alma está saturada <strong>de</strong> aflições; e minha vida é arrastada<br />

para perto do sepulcro. Sou contado com aqueles que <strong>de</strong>scem à cova;<br />

tenho sido como um homem que ficou sem forças; livre entre os mortos,<br />

como o morto que jaz na sepultura, <strong>de</strong> quem não te lembras mais, e que<br />

está eliminado <strong>de</strong> tua mão.<br />

1. Ó Jehovah, Deus <strong>de</strong> minha salvação! Permita-me chamar<br />

sua atenção particularmente para observar o que acabo <strong>de</strong> afirmar:<br />

que embora o profeta simplesmente, e sem hipérbole, recite a agonia<br />

que sofrera na mais profunda dor, todavia seu propósito era ao<br />

mesmo tempo munir os aflitos com uma forma <strong>de</strong> oração para que<br />

não <strong>de</strong>sfalecessem submersos em alguma adversida<strong>de</strong>, mesmo que<br />

fosse a mais severa. Paulatinamente o ouviremos se <strong>de</strong>batendo em<br />

veementes queixas em virtu<strong>de</strong> da gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas calamida<strong>de</strong>s;<br />

mas racionalmente se fortifica através <strong>de</strong>ste breve exórdio, para<br />

que, levado pelo calor <strong>de</strong> suas emoções, não se tornasse culpado<br />

pelas queixas e murmurações contra Deus, em vez <strong>de</strong> humil<strong>de</strong>mente<br />

suplicar-lhe o perdão. Ao aplicar-lhe a <strong>de</strong>signação, o Deus <strong>de</strong><br />

minha salvação, pondo, por assim dizer, um freio em sua própria<br />

boca, ele restringe o excesso <strong>de</strong> sua dor, fecha a porta ao <strong>de</strong>sespero<br />

e se fortalece e se prepara para suportar a cruz. Ao falar <strong>de</strong><br />

seu clamor e importunação, ele indica o ardor da alma com que

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