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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 81 • 283<br />

Tendo sido esse o costume nos dias <strong>de</strong> festa sob a lei, po<strong>de</strong>mos<br />

concluir que, sempre que os verda<strong>de</strong>iros crentes se congregam<br />

hoje, o fim que <strong>de</strong>vem ter em vista é envolver-se nos exercícios religiosos<br />

– evocar em sua memória os benefícios que têm recebido <strong>de</strong><br />

Deus; fazer progresso no conhecimento <strong>de</strong> sua Palavra; e testificar<br />

da unicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua fé. Os homens motejam <strong>de</strong> Deus simplesmente<br />

por apresentar-lhe cerimônias fúteis e sem proveito, a menos que<br />

a doutrina da fé os preceda, estimulando-os a invocar a Deus; e,<br />

também, a menos que a lembrança <strong>de</strong> seus benefícios lhes injete<br />

motivação para o louvor. Sim, é uma terrível profanação <strong>de</strong> seu<br />

nome quando o povo apaga a luz da verda<strong>de</strong> divina e se satisfaz meramente<br />

em praticar um serviço externo. Conseqüentemente, aos<br />

fiéis aqui não só se or<strong>de</strong>na que se congreguem no tabernáculo, mas<br />

também que se <strong>de</strong>ixem instruir quanto ao fim para o qual <strong>de</strong>vem<br />

congregar-se ali, ou, seja: para que o soberano e gracioso pacto que<br />

Deus fez com eles seja renovado em sua memória; para que aumente<br />

sua fé e pieda<strong>de</strong>; para que, assim, os benefícios que já receberam<br />

<strong>de</strong>le sejam celebrados e seus corações com isso se movam em ação<br />

<strong>de</strong> graças.<br />

Com respeito ao tamborim, harpa e saltério, já observamos<br />

anteriormente, e julgamos necessário simplesmente repetir a<br />

mesma observação, a saber: que os levitas, sob a lei, eram justificados<br />

ao fazer uso <strong>de</strong> música instrumental no culto divino; que<br />

seu intuito era treinar seu povo, enquanto eram ainda imaturos<br />

e semelhantes a crianças, necessitando <strong>de</strong> tais rudimentos, até a<br />

vinda <strong>de</strong> Cristo. Mas então, quando a lídima luz do evangelho já<br />

dissipou as sombras da lei, e já nos ensinou que Deus <strong>de</strong>ve ser<br />

servido numa forma mais simples, estaremos agindo como tolos e<br />

equivocados imitando aquilo que o profeta or<strong>de</strong>nou somente aos<br />

<strong>de</strong> seu próprio tempo. Disto se faz evi<strong>de</strong>nte que os papistas têm<br />

<strong>de</strong>monstrado atitu<strong>de</strong> simiesca, transferindo isto para si mesmos.<br />

Sob a lua nova, por meio <strong>de</strong> sinédoque, compreen<strong>de</strong>-se todas as outras<br />

principais festas. Ofereciam-se sacrifícios diariamente; porém

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