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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 90 • 457<br />

da mente do salmista os que traduzem Consola-te em teus servos; pois<br />

Deus, ao acalentar-nos amorosamente, não tem menos prazer em nós<br />

do que um pai tem em seus próprios filhos. Ora, isso é nada mais, nada<br />

menos, que ser pacificado ou ser propício, como o temos traduzido,<br />

visando a tornar o significado mais claro.<br />

[vv. 14-17]<br />

Sacia-nos <strong>de</strong> madrugada 13 com tua bonda<strong>de</strong>, para que nos alegremos e nos<br />

regozijemos todos nossos dias. Faz-nos jubilosos <strong>de</strong> acordo com os dias <strong>de</strong><br />

nossa aflição; <strong>de</strong> acordo com os anos nos quais temos visto o mal. Que tua<br />

obra apareça a teus servos, e tua glória, a seus filhos. E que a formosura<br />

do Senhor nosso Deus esteja sobre nós, e dirija sobre nós a obra <strong>de</strong> nossas<br />

mãos; sim, dirige a obra <strong>de</strong> nossas mãos.<br />

16. Que tua obra apareça a teus servos. Como Deus, ao abandonar<br />

sua Igreja, assume, por assim dizer, um caráter diferente do seu,<br />

Moisés, com muita proprieda<strong>de</strong>, chama a bênção da proteção que fora<br />

divinamente prometida aos filhos <strong>de</strong> Abraão, a obra própria <strong>de</strong> Deus.<br />

Portanto, embora a obra <strong>de</strong> Deus se manifestasse em todos os exemplos<br />

nos quais ele castigou a perfídia, a ingratidão, a obstinação, as<br />

in<strong>de</strong>vidas luxúrias e os profanos <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> seu povo, todavia Moisés,<br />

à guisa <strong>de</strong> eminência, prefere antes <strong>de</strong> tudo outras provas do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

Deus, aquele cuidado que ele exerceu na manutenção do bem-estar do<br />

povo, pelo qual era sua vonta<strong>de</strong> que ele fosse principalmente conhecido.<br />

Essa é a razão por que Paulo, em Romanos 9.23, especialmente<br />

aplica à vonta<strong>de</strong> divina o honroso título ‘glória’. Deus <strong>de</strong>veras mantém<br />

sua glória através do julgamento pronunciado sobre o mundo; mas<br />

como nada lhe é mais natural do que mostrar-se gracioso, sua glória<br />

por essa conta é expressa como a manifestar-se principalmente<br />

em seus benefícios. Com respeito à presente passagem, Deus então<br />

apenas começara a libertar seu povo; pois ainda não tinham sido introduzidos<br />

na posse da terra <strong>de</strong> Canaã. Conseqüentemente, não tivessem<br />

ido além do <strong>de</strong>serto, e a glória <strong>de</strong> seu livramento teria se tornado obs-<br />

13 “Madrugada, <strong>de</strong>pois da noite trevosa <strong>de</strong> aflições.” – Ainsworth.

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