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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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466 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

<strong>de</strong> Deus só porque julgam segundo os sentidos [carnais]. Deixa-nos<br />

também satisfeitos <strong>de</strong>mais em só apreen<strong>de</strong>rmos os juízos divinos em<br />

alguma medida imperfeita, enquanto permanecemos sobre a terra, e<br />

levando-o a prorrogar a mais plena <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong>les para o dia da<br />

plena revelação.<br />

[vv. 9-12]<br />

Porque tu, ó Jehovah, és minha proteção; fizeste do Altíssimo teu refúgio. 5<br />

Nenhum mal te sobrevirá e nenhuma praga chegará a tua habitação. Porque<br />

ele <strong>de</strong>u or<strong>de</strong>m a seus anjos a teu respeito, para te guardarem em todos<br />

teus caminhos. Eles te sustentarão em suas mãos, para que não resvales<br />

teu pé em alguma pedra.<br />

9. Porque tu, ó Jehovah, és minha proteção. Ele <strong>de</strong>longa em<br />

<strong>de</strong>talhes em relação à providência <strong>de</strong> Deus, como se soubesse quão<br />

lentos são os homens naturalmente para recorrer a Deus <strong>de</strong> uma maneira<br />

direta; e quão necessário é que sejam estimulados a este <strong>de</strong>ver e<br />

fujam daqueles falsos e profanos refúgios em que põem sua confiança.<br />

Há uma freqüente mudança <strong>de</strong> pessoa por todo este Salmo. No primeiro<br />

versículo, ele se dirige a Deus; e em seguida, se dirige a si mesmo.<br />

Chama Deus minha proteção – para <strong>de</strong>ssa forma, através <strong>de</strong> seu próprio<br />

exemplo, estimular outros a recorrerem a Deus como seu socorro.<br />

E assim, mais adiante, ele se dirige a si próprio a fim <strong>de</strong> melhor persuadir<br />

a Deus da sincerida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu afeto íntimo. O verda<strong>de</strong>iro método<br />

<strong>de</strong> provar nossa fé é volvendo nossos pensamentos íntimos para nós<br />

mesmos e, quando nenhum olho humano nos vê, sondando nossos<br />

próprios espíritos. Se, não satisfeitos em <strong>de</strong>frontar-nos somente com<br />

Deus, volvermos nossos olhos para os homens, é quase impossível<br />

5 A redação que Calvino faz <strong>de</strong>ste versículo é diferente daquela <strong>de</strong> nossa Bíblia inglesa. De acordo<br />

com esta, tu, na primeira frase, reporta ao salmista; enquanto que a <strong>de</strong>le, a menção é a Deus.<br />

Hammond apresenta uma versão similar. “Porque tu, ó Senhor, és minha esperança; tu fizeste do<br />

Altíssimo teu auxílio ou refúgio.” Todas a versões antigas fazem a primeira frase falar <strong>de</strong> Deus. Na<br />

Septuaginta é su. Ku,rie h` e;lpij mou, “tu, ó Senhor, és minha esperança”. Parecida é a redação da<br />

Caldaica, da Siríaca e da Vulgata. Mas o último membro do versículo, “tu fizeste do Altíssimo teu<br />

refúgio”, geralmente reporta ao salmista e é consi<strong>de</strong>rado como uma parte <strong>de</strong> um solilóquio a que,<br />

quando sozinho, sua alma <strong>de</strong>u vazão.

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