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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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234 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

52. E ele fez seu povo sair como ovelhas. O salmista uma vez<br />

mais celebra o amor paternal <strong>de</strong> Deus para com o povo eleito, a quem,<br />

como já observamos em outra parte, compara com um rebanho <strong>de</strong><br />

ovelhas. Não tinham sabedoria nem po<strong>de</strong>r propriamente seu para preservar-se<br />

e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r-se. Deus, porém, graciosamente se con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>u<br />

em exercer em seu favor o ofício <strong>de</strong> pastor. É este um emblema singular<br />

do amor que ele nutria por eles, não se importando em ocupar<br />

uma posição humil<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong> alimentá-los como suas próprias ovelhas.<br />

O que po<strong>de</strong>ria uma multidão que nunca fora treinada na arte da<br />

guerra fazer contra inimigos tão po<strong>de</strong>rosos e guerreiros? No tocante<br />

a apren<strong>de</strong>r a arte da guerra, como se sabe muito bem, até aqui o povo<br />

tinha sido empregado, quando ainda no Egito, em ocupações humil<strong>de</strong>s<br />

e servis, como se fora con<strong>de</strong>nado a trabalhar embaixo da terra, em<br />

minas ou em pedreiras.<br />

53. E os conduziu em segurança, e não temeram. Isso não<br />

significa que se refugiaram em Deus confiadamente e com mentes<br />

tranqüilas, senão que, tendo Deus por seu guia e o guardião <strong>de</strong> seu<br />

bem-estar, não tiveram motivo para temer. Quando em alguma ocasião<br />

foram lançados em consternação, isso se <strong>de</strong>veu a sua própria<br />

incredulida<strong>de</strong>. Desta causa proce<strong>de</strong>ram suas murmurações a que<br />

se entregavam, quando Faraó os perseguiu, ao <strong>de</strong>ixarem o Egito e<br />

quando enfrentaram “doloroso medo”: “Não havia sepulcros no Egito,<br />

para nos tirar <strong>de</strong> lá, para que morramos neste <strong>de</strong>serto? Por que<br />

nos fizeste isto, fazendo-nos sair do Egito? Não é esta a palavra que<br />

te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios?<br />

Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no<br />

<strong>de</strong>serto” [Êx 14.11, 12]. Essa segurança, pois, não <strong>de</strong>ve ser atribuída<br />

ao sentimento da mesma na mente do povo, mas à proteção <strong>de</strong><br />

Deus, por meio da qual ocorreu que, seus inimigos sendo precipitados<br />

no Mar Vermelho, passaram a <strong>de</strong>sfrutar quietu<strong>de</strong> e repouso<br />

no <strong>de</strong>serto.<br />

Outros benefícios que Deus lhes conce<strong>de</strong>ra são aqui recitados,<br />

e ao mesmo tempo outras transgressões com que se tornaram cul-

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