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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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40 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

que tinha em mente comunicar era que não havia sacrifício ou vítima,<br />

por mais valiosa ou preciosa que pu<strong>de</strong>sse oferecer, na qual Deus se<br />

<strong>de</strong>leitasse tão profundamente, a não ser em ações <strong>de</strong> graças.<br />

32. Os aflitos viram isso. Ele aqui mostra que os benditos<br />

efeitos <strong>de</strong> seu livramento se esten<strong>de</strong>riam tanto a outros como a<br />

si mesmo, ponto sobre o qual freqüentemente insiste nos <strong>Salmos</strong>,<br />

como já vimos no Salmo 22.23, 26, e em muitos outros passos. E seu<br />

objetivo em agir assim é, em parte, enaltecer a bonda<strong>de</strong> e graça<br />

<strong>de</strong> Deus para com os verda<strong>de</strong>iros crentes; e, em parte, para que,<br />

com esse argumento pu<strong>de</strong>sse prevalecer diante <strong>de</strong> Deus e este se<br />

dispusesse a socorrê-lo. Além disso, ele não quer dizer que o povo<br />

<strong>de</strong> Deus se alegrasse ante tal espetáculo meramente com base na<br />

comunhão fraterna, mas porque, no livramento <strong>de</strong> uma pessoa, uma<br />

garantia seria dada a outros, oferecendo-lhes também a segurança<br />

da salvação. Por essa mesma razão ele os <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> os aflitos.<br />

Quem quer que busque a Deus (diz ele), ainda que enfrente aflições,<br />

não obstante tomará alento em meu exemplo. A primeira e<br />

segunda sentenças do versículo <strong>de</strong>vem ser lidas juntas; pois um<br />

sentido conectado não seria preservado se o significado não fosse<br />

entendido assim: Que o exemplo <strong>de</strong> Davi ofereceria base <strong>de</strong> júbilo a<br />

todos os fiéis servos <strong>de</strong> Deus quando buscassem um antídoto para<br />

suas aflições. Ele mui oportunamente junta o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> buscar a<br />

Deus com a aflição; pois todos os homens não só se beneficiam sob<br />

a mão disciplinadora <strong>de</strong> Deus como também em buscar a salvação<br />

<strong>de</strong>le no exercício <strong>de</strong> uma fé sincera e ar<strong>de</strong>nte. Na parte conclusiva<br />

<strong>de</strong>ste versículo há uma mudança <strong>de</strong> pessoa: e vosso coração<br />

viverá. Esta apóstrofe, porém, longe está <strong>de</strong> traduzir o sentido obscuro<br />

que, ao contrário, o expressa com maior força, como se uma<br />

coisa presente fosse <strong>de</strong>scrita. Ao dirigir-se aos que estavam sob a<br />

pressão da aflição e jaziam prostrados como mortos, ele põe diante<br />

<strong>de</strong>les um gênero <strong>de</strong> imagem da ressurreição; como se quisesse dizer:<br />

Ó vós que estais mortos, novo vigor vos será restaurado. Não<br />

significa que a fé perece nos filhos <strong>de</strong> Deus, e permanece totalmente

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