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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 87 • 377<br />

é sobre política terrena, mas governo espiritual; pois a religião pura e<br />

o culto genuíno <strong>de</strong>vido a Deus, bem como a doutrina da pieda<strong>de</strong>, ao<br />

mesmo tempo não foram fundados em qualquer outro lugar, senão em<br />

Jerusalém.<br />

2. Jehovah ama os portões <strong>de</strong> Sião acima <strong>de</strong> todas as habitações<br />

<strong>de</strong> Jacó. Aqui somos informados que toda a excelência da santa cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da soberana escolha que Deus fez <strong>de</strong>la. Com isso concorda<br />

o que se <strong>de</strong>clara no Salmo 77.60, 67, a saber: que Deus rejeitou Silo, a<br />

tribo <strong>de</strong> Efraim, e o tabernáculo <strong>de</strong> José, para vir habitar em Sião, a<br />

qual ele amou. O profeta, pois, realça a causa por que Deus preferiu um<br />

lugar em vez <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>mais; e a causa que ele aponta é esta: não o<br />

valor intrínseco do lugar, mas o soberano amor <strong>de</strong> Deus. Se porventura<br />

alguém perguntar por que Jerusalém foi tão sublimemente distinguida,<br />

que se julgue suficiente esta breve resposta: Porque assim foi do agrado<br />

<strong>de</strong> Deus. O amor divino <strong>de</strong>ve ser conectado com isso como sua fonte;<br />

mas o fim <strong>de</strong> tal escolha foi para que houvesse algum lugar fixo no<br />

qual a verda<strong>de</strong>ira religião pu<strong>de</strong>sse ser preservada, e a unida<strong>de</strong> da fé<br />

mantida, até o advento <strong>de</strong> Cristo, e dali ela posteriormente fluísse para<br />

todas as regiões da terra. Isso, pois, explica por que o profeta celebra<br />

Jerusalém como se ela possuísse a sublime distinção <strong>de</strong> ter Deus como<br />

seu mestre <strong>de</strong> obra, fundador e protetor. Além disso, ele atribui ao favor<br />

e adoção divinos toda a excelência que possuía acima dos <strong>de</strong>mais<br />

lugares. Ao dizer Sião em vez <strong>de</strong> Jerusalém, e os portões em lugar <strong>de</strong><br />

todo o complexo da cida<strong>de</strong>, ele usa uma sinédoque dupla.<br />

3. Coisas gloriosas se dizem <strong>de</strong> ti, ó cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus! A redação<br />

literal é: Aquilo que se diz <strong>de</strong> ti é muito glorioso. Devemos consi<strong>de</strong>rar<br />

o <strong>de</strong>sígnio do profeta, ou, preferivelmente, o objetivo do Espírito <strong>de</strong><br />

Deus falando pela boca do profeta. À luz da humil<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sprezível condição<br />

<strong>de</strong> todo o povo; dos muitos e terríveis inimigos que os oprimiam<br />

<strong>de</strong> todos os lados; do pequeno número que possuía coragem suficiente<br />

para superar os obstáculos existentes em seu caminho; das novas<br />

e imprevisíveis mudanças que surgiam diariamente; dos perigos existentes<br />

para que o estado das ativida<strong>de</strong>s gradualmente mergulhasse

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