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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 88<br />

Este Salmo contém lamentações muito graves, <strong>de</strong>rramadas pela<br />

pena inspirada <strong>de</strong> seu autor quando sob aflição mui severas, quase<br />

ao ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sesperar-se. Mas ele, ao mesmo tempo, enquanto luta<br />

contra o sofrimento, <strong>de</strong>clara a invencível firmeza <strong>de</strong> sua fé; orando<br />

e invocando a Deus para que o livrasse, ainda quando estivesse nas<br />

profundas trevas da morte. 1<br />

Cântico ou Salmo dos filhos <strong>de</strong> Coré. Ao mestre <strong>de</strong> música sob Machalath,<br />

para tornar-se humil<strong>de</strong>. Instrução <strong>de</strong> Hemã, o Ezraíta.<br />

Hemã, cujo nome aparece na inscrição, provavelmente fosse a<br />

mesma pessoa que é mencionada na história sacra [1Rs 4.31], na qual<br />

Salomão, quando enaltecido por sua sabedoria, é comparado a Etã,<br />

Hemã, Calcol e Darda. 2 Portanto, não surpreen<strong>de</strong> que um homem tão<br />

1 Há várias opiniões quanto à ocasião <strong>de</strong> composição <strong>de</strong>ste Salmo. Dr. Kennicott o concebe<br />

como sendo a oração <strong>de</strong> uma pessoa encerrada numa casa separada por causa da lepra, que<br />

parece estar no último estágio <strong>de</strong> indisposição. Esta doença, sob a dispensação mosaica, era vista<br />

como oriunda do castigo imediato <strong>de</strong> Deus. A opinião <strong>de</strong> Kimch é que ele foi escrito em nome<br />

do povo ju<strong>de</strong>u durante o cativeiro, na linguagem <strong>de</strong> um pobre escravo preso a suas correntes.<br />

O Bispo Patrick supõe que Hemã, seu autor, durante o mesmo período fora lançado numa prisão<br />

escura (vejam-se os vv. 5 e 6), ou que era tratado <strong>de</strong> uma forma miserável, como se estivesse numa<br />

masmorra; e que ele aqui <strong>de</strong>plora sua calamida<strong>de</strong> secreta.<br />

2 Há quem supõe que o Hemã mencionado naquele texto é o filho <strong>de</strong> Zerá, um dos filhos <strong>de</strong><br />

Judá com sua nora Tamar [1Cr 2.6]. Se essas duas passagens se referem à mesma pessoa, então<br />

como os netos <strong>de</strong> Judá po<strong>de</strong>m ser chamados filhos <strong>de</strong> Maol [1Rs 4.31], a <strong>de</strong>dução é que Maol era<br />

ou outro nome <strong>de</strong> Zerá ou o nome <strong>de</strong> sua esposa. Se este Hemã foi o autor <strong>de</strong>ste Salmo, e se Etã,<br />

seu irmão, escreveu o Salmo subseqüente, como viveram pelo menos uns cento e setenta anos<br />

antes <strong>de</strong> Moisés, esses poemas são as mais antigas composições existentes, e a mais antiga parte

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