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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 71 • 51<br />

tamanha indignida<strong>de</strong>, que se esquivam <strong>de</strong>le com horror, como se fosse<br />

um monstro. No versículo seguinte, como se o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> seu coração<br />

fora satisfeito, ele expressa ser sua resolução <strong>de</strong>clarar a Deus seu grato<br />

reconhecimento. Para encorajar-se a esperar com maior confiança<br />

por um resultado feliz em meio a suas atuais tribulações, ele promete<br />

celebrar retumbantemente os louvores <strong>de</strong> Deus, e fazer isso não só<br />

numa ocasião, mas perseverando nesse exercício sem interrupção.<br />

[vv. 9-13]<br />

Não me rejeites no tempo <strong>de</strong> minha velhice; não me abandones no <strong>de</strong>clínio<br />

<strong>de</strong> minha força. Pois meus inimigos têm falado <strong>de</strong> mim, e os que vigiam minha<br />

vida se têm consultado juntos, dizendo: Deus o abandonou; i<strong>de</strong> após<br />

ele e agarrai-o; pois não há ninguém que o livre. Ó Deus, não fiques longe<br />

<strong>de</strong> mim; meu Deus, apressa-te em socorrer-me. Sejam confundidos 9 e consumidos<br />

os que são meus inimigos; cubram-se <strong>de</strong> opróbrio e humilhação<br />

os que buscam meu mal.<br />

9. Não me rejeites no tempo <strong>de</strong> minha velhice. Acabando Davi<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar que Deus fora o protetor <strong>de</strong> sua vida em seu natalício, e<br />

<strong>de</strong>pois seu pai <strong>de</strong> criação em sua infância e o guardião <strong>de</strong> seu bem-estar<br />

durante toda a trajetória <strong>de</strong> sua existência pregressa, sendo agora<br />

vencido pela ida<strong>de</strong>, lança-se <strong>de</strong> novo no regaço paternal <strong>de</strong> Deus. À<br />

proporção que nossas forças se esvaem – e então inevitavelmente nos<br />

impelem a buscar a Deus –, na mesma proporção <strong>de</strong>veríamos esperar<br />

na espontaneida<strong>de</strong> e prontidão <strong>de</strong> Deus em socorrer-nos para sermos<br />

fortes. A oração <strong>de</strong> Davi, em suma, equivale a isto: “Ó Senhor, tu que me<br />

tens sustentado vigoroso e forte na flor <strong>de</strong> minha juventu<strong>de</strong>; não me<br />

abandones agora quando estou <strong>de</strong>bilitado e quase <strong>de</strong>crépito; quanto<br />

mais, porém, me sinto na <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> teu auxílio, mais a <strong>de</strong>crepitu<strong>de</strong><br />

e as enfermida<strong>de</strong>s me impelem rumo a ti na expectativa <strong>de</strong> tua<br />

compaixão.” À luz <strong>de</strong>ste versículo, os expositores, não <strong>de</strong>stituídos <strong>de</strong><br />

boas razões, concluem que a conspiração <strong>de</strong> Absalão é o tema tratado<br />

9 Outros traduzem assim: “Os que são inimigos <strong>de</strong> minha vida serão confundidos” etc., enten<strong>de</strong>ndo<br />

as palavras como sendo <strong>de</strong>núncias proféticas.

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