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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 89 • 407<br />

braço [literalmente, com o braço <strong>de</strong> tua força] tu dispersaste teus inimigos.<br />

Teus são os céus, e tua também a lua; fizeste o mundo e sua plenitu<strong>de</strong>.<br />

Criaste o norte 11 e o sul; 12 o Tabor e o Hermom 13 se regozijarão em teu<br />

nome. Tu tens um braço po<strong>de</strong>roso; fortalecerás tua mão, exaltarás tua mão<br />

direita. Justiça e juízo são a base <strong>de</strong> teu trono; misericórdia e verda<strong>de</strong> irão<br />

adiante <strong>de</strong> tua face.<br />

9. Tu governas o ímpeto do mar. Já observei que o profeta até<br />

aqui falou em termos gerais sobre o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus, tendo se referido<br />

ao milagre do livramento dos israelitas do Egito, o que agora celebra<br />

em termos expressos. Segundo a interpretação <strong>de</strong> alguns, Deus é visto<br />

como a acalmar as ondas impetuosas do mar porque ele não quer invadir<br />

e cobrir o mundo inteiro com um dilúvio. Eu, no entanto, leio os<br />

versículos 9 e 10 conectadamente, e entendo o profeta como falando<br />

do Mar Vermelho, o qual Deus dividiu para abrir um caminho e fazer<br />

as tribos escolhidas atravessarem. O salmista acrescenta logo a seguir<br />

que toda a terra do Egito foi subvertida como um homem ferido.<br />

Com essas palavras ele magnifica a graça <strong>de</strong> Deus, a qual foi exibida<br />

vou sobejamente que llj, chalal, a qual traduzimos ferido, morto etc., se refere a um soldado, guerreiro,<br />

herói; e é certo que esse sentido concorda melhor com ela do que o outro tão difundido.”<br />

11 “A palavra hebraica para ‘o norte’ se <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> uma raiz que significa ‘ocultar’, ‘encobrir’. O<br />

‘norte’ provavelmente seja assim chamado porque em nosso hemisfério oci<strong>de</strong>ntal da terra o sol<br />

parece mover-se do oriente para o sul e do sul para o oeste; e, para o meio-dia, é o tempo todo do<br />

ano em direção ao sul, ficando o lado norte <strong>de</strong> um edifício, uma árvore, ou monte geralmente ‘encoberto’<br />

ou ‘oculto’ <strong>de</strong> seus raios diretos, e fica, como diríamos, à sombra. (Veja-se Parkhurt, IV,<br />

sobre /px) Simonis também indica isso como sendo a razão do nome, no juízo <strong>de</strong> alguns críticos.<br />

Ou, no <strong>de</strong> outros, uma vez que o norte é coberto <strong>de</strong> neve; e o <strong>de</strong> outros, <strong>de</strong> trevas; e assim a palavra<br />

grega para trevas, zofoj, é continuamente usada por Homer para o norte; porque os antigos<br />

pensavam que o norte estava sempre imerso em trevas lúgubres e <strong>de</strong>nsas.” – Mant.<br />

12 A palavra original, /ymy, yamin, para “o norte” significa literalmente “a mão direita”. Como os<br />

hebreus, quando se entretinham em oração, volviam seus rostos para o leste, chamavam o Oriente<br />

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