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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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504 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

ensina conhecimento aos homens, 11 o salmista relanceia a arrogante<br />

confiança dos que <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nham <strong>de</strong> Deus e se orgulham <strong>de</strong> sua sagacida<strong>de</strong><br />

e perspicácia, como Isaías que pronuncia uma maldição contra os astutos<br />

inimigos <strong>de</strong> Deus que cavavam fundo com o intuito <strong>de</strong> escon<strong>de</strong>r-se<br />

<strong>de</strong> sua presença [24.15]. Eis uma doença que ainda é bastante prevalecente<br />

no mundo. Conhecemos os refúgios e escon<strong>de</strong>rijos on<strong>de</strong> tantos os<br />

palacianos quanto os jurisconsultos aproveitam para dar vazão a seus<br />

in<strong>de</strong>centes motejos contra Deus. 12 É como se o salmista dissesse: Você<br />

pensa que po<strong>de</strong> esquivar-se <strong>de</strong> Deus através da confiança que <strong>de</strong>posita<br />

em seu sagaz entendimento, preten<strong>de</strong>ndo pôr em dúvida o conhecimento<br />

do Onipotente, quando, na verda<strong>de</strong>, todo o conhecimento que há no<br />

mundo não passa <strong>de</strong> mera gota <strong>de</strong> sua própria e inexaurível plenitu<strong>de</strong>?<br />

[vv. 11-13]<br />

Jehovah conhece os pensamentos dos homens, 13 [sabe] que são vaida<strong>de</strong>. 14<br />

Bem-aventurado o homem, ó Deus, a quem tens instruído, a quem ensinas<br />

tua lei; para lhe dares <strong>de</strong>scanso dos dias maus, enquanto cavas um poço<br />

para os ímpios.<br />

11 Em nossa versão da Bíblia, acrescentam-se as palavras não saberá? “Mas isso não é reconhecido<br />

pelo original nem por qualquer das versões. Aliás, nem é necessário; pois, ambas as palavras<br />

contêm uma proposição simples: ‘É ele quem ensina conhecimento ao homem’; ou esta frase <strong>de</strong>ve<br />

ser lida em conexão com o versículo 11: ‘Jehovah, que ensina conhecimento ao homem, ele conhece<br />

as astúcias do homem, <strong>de</strong> que são vaida<strong>de</strong>.’ Como ele ensina conhecimento ao homem, não<br />

conheceria ele todos os raciocínios e invenções do coração humano?” – Dr. Adam Clarke.<br />

12 “Mais nous voyons avec qulles couvertures tant les courtisans que les gens <strong>de</strong> justice obscurcissent<br />

leurs enten<strong>de</strong>mens afin que sans aucune vergongne ils osent bien se moquer <strong>de</strong> Dieu.” – v.f.<br />

13 Horsley traduz assim: “as invenções do homem”; e pergunta: Paulo, para

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