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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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728 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

profeta não teria falado tão severamente do pecado e insensatez<br />

em que ele inadvertidamente caíra. O significado sobre o qual já <strong>de</strong>i<br />

sobejas respostas, ou, seja, que os primeiros autores da rebelião teriam<br />

cometido uma ofensa mui hedionda, visto que Moisés, que se<br />

<strong>de</strong>ixou arrastar pela impetuosida<strong>de</strong> do povo e pecou, fora tratado<br />

tão severamente por Deus. Mas embora o profeta nos informe que<br />

Moisés foi castigado por conta do povo, ele não <strong>de</strong>ve ser entendido<br />

como dizendo que era diretamente culpado. Pois mesmo admitindo<br />

que seu espírito se ensoberbecera em <strong>de</strong>corrência do tumulto do<br />

povo, isso <strong>de</strong>ve tê-lo tornado mais pru<strong>de</strong>nte em prosseguir firme<br />

em sua a<strong>de</strong>são à lei <strong>de</strong> Deus. Ele acrescenta que ele falou irrefletidamente;<br />

e tomo isso como uma referência a Moisés, não havendo<br />

base alguma para a conjetura <strong>de</strong> que se refere ao castigo que Deus<br />

expressamente pronunciara contra Moisés. É mais provável que<br />

essas palavras fossem entendida pelo profeta como expressando<br />

quão profundamente o espírito <strong>de</strong> Moisés se agitou quando publicamente<br />

murmurou contra Deus. O profeta, pois, nos informa que o<br />

espírito submisso e manso <strong>de</strong> Moisés se inflamou contra a perversida<strong>de</strong><br />

do povo, <strong>de</strong> tal forma que falou irrefletidamente, dizendo:<br />

“Deus po<strong>de</strong> dar-vos água da rocha?” [Nm 20.10]. Pois tal foi a indignação<br />

que sentiu queimar em seu íntimo, que não pô<strong>de</strong> calmamente<br />

esperar a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Deus para então ferir a rocha.<br />

34. E não <strong>de</strong>struíram as nações. Parece-me que as pessoas se<br />

equivocam quando pensam que o profeta está aqui simplesmente<br />

dando uma relação do castigo que foi infligido sobre os ju<strong>de</strong>us,<br />

como se ele estivesse lhes imputando toda a culpa <strong>de</strong> não haver<br />

exterminado as nações, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> não haverem eles merecido<br />

a honra <strong>de</strong> obter algumas vitórias mais sobre elas. Mas ele<br />

prefere mais lançar outra culpa sobre eles, a saber: que tinham sido<br />

remissos em expulsar os pagãos, ou, mais provavelmente, que não<br />

tinham obe<strong>de</strong>cido a divina or<strong>de</strong>m para erradicá-los da terra. Agora<br />

que o cálice da iniqüida<strong>de</strong> dos amonitas estava cheio, o propósito<br />

<strong>de</strong> Deus era que fossem exterminados, para que sua socieda<strong>de</strong>

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