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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 97 • 555<br />

para isso. Primeiro, ele queria que o povo crente em Deus antecipasse<br />

a bênção através da esperança, antes que chegasse sua consumação;<br />

e, além disso, a linguagem insinua que a glória do evangelho seria difundida<br />

aos rincões mais distantes, e que os ju<strong>de</strong>us ouviriam <strong>de</strong>la mais<br />

por meio <strong>de</strong> notícias do que por testemunharem-na com seus próprios<br />

olhos.<br />

[vv. 9-12]<br />

Pois tu, ó Jehovah, és elevado acima <strong>de</strong> toda a terra; tu és exaltado muito<br />

acima <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>uses. Vós, que amais a Jehovah, odiai o mal. Ele preserva<br />

as almas <strong>de</strong> seus humil<strong>de</strong>s; ele os libertará da mão dos perversos.<br />

Semeia-se luz para os justos e alegria para os <strong>de</strong> coração reto. Regozijai-vos<br />

em Jehovah, vós, justos, e celebrai a memória <strong>de</strong> sua santida<strong>de</strong>.<br />

9. Pois tu, ó Jehovah, és elevado acima <strong>de</strong> toda a terra. Havendo<br />

já, em outra parte, explicado essas palavras, presentemente nada<br />

mais direi sobre elas. Só é preciso observar que há uma comparação<br />

traçada entre Deus e os anjos e tudo quanto possui alguma eminência<br />

a reivindicar. O salmista limita todas as <strong>de</strong>mais excelências <strong>de</strong> maneira<br />

tal que não <strong>de</strong>ixa espaço algum a questionamento <strong>de</strong> que toda majesta<strong>de</strong><br />

se acha compreendida unicamente em Deus. Esse foi o caso mais<br />

eminente quando Deus se manifestou em seu Filho unigênito, o qual é<br />

sua imagem expressa. Antes <strong>de</strong>sse período, sua gran<strong>de</strong>za era menos<br />

evi<strong>de</strong>nte, porque ele era menos conhecido.<br />

10. Vós, que amais a Jehovah, odiai o mal. Os que temem a Deus<br />

são aqui concitados à prática da justiça, no dizer <strong>de</strong> Paulo: “Afaste-<br />

-se da iniqüida<strong>de</strong> todo aquele que confessa o nome do Senhor” [2Tm<br />

2.19]. À luz da própria natureza <strong>de</strong> Deus, ele mostra que não po<strong>de</strong>mos<br />

ser julgados e reconhecidos como seus servos, a menos que nos<br />

apartemos do pecado e pratiquemos a santida<strong>de</strong>. Deus é em si mesmo<br />

a fonte da justiça, e ele necessariamente o<strong>de</strong>ia toda e qualquer<br />

iniqüida<strong>de</strong> – a menos que presumamos que ele negue a si mesmo – e<br />

só teremos comunhão com ele quando nos apartarmos da injustiça.<br />

Como a perseguição dos perversos quase sempre nos leva a recor-

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