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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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584 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

seus súditos eles o sublevarão, uma vez que são avarentos, fraudulentos<br />

e rapaces. Isso se tem suficientemente <strong>de</strong>monstrado pela própria<br />

experiência. A maioria dos reis, <strong>de</strong> fato, ignorando os bons e íntegros,<br />

ou, o que é pior, <strong>de</strong>svencilhando-se <strong>de</strong>les, propositadamente buscam<br />

para serem seus servos os que se lhes assemelhem e que tolamente<br />

se a<strong>de</strong>qüem a sua tirania; sim, mesmo príncipes bons e bem dispostos<br />

amiú<strong>de</strong> manifestam tanta indolência e espírito irresoluto, que suportam<br />

ser governados pelos piores conselheiros, e inconsi<strong>de</strong>radamente<br />

prostituem os ofícios <strong>de</strong> estado conferindo-os a pessoas indignas.<br />

7. O que opera engano não habitará no seio <strong>de</strong> minha casa.<br />

Este versículo po<strong>de</strong> ser explicado em relação a todos os magistrados<br />

a quem se confia a responsabilida<strong>de</strong> do exercício dos juízos públicos,<br />

bem como dos servos domésticos. Mas, como Davi acabou <strong>de</strong> falar <strong>de</strong><br />

todos os oficiais em geral, parece então falar propriamente daqueles<br />

que se encontram junto à pessoa do rei. Quando os principais conselheiros<br />

dos reis, e outros conhecidos íntimos que tenham granjeado a<br />

posse <strong>de</strong> suas atenções, são enganadores e ladinos, isso se transforma<br />

na fonte <strong>de</strong> todas as corrupções; porque, por meio <strong>de</strong> seu exemplo,<br />

estimulam outros no caminho do mal, sendo hasteados como se fossem<br />

ban<strong>de</strong>iras da licenciosida<strong>de</strong>. E é impossível que alguém, que não<br />

mantenha a boa or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> sua própria casa, seja a pessoa a<strong>de</strong>quada<br />

para manter o governo <strong>de</strong> todo um reino. A autorida<strong>de</strong> que não po<strong>de</strong><br />

preservar sua influência sob o teto doméstico é <strong>de</strong> pouco valor nas<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estado.<br />

8. De manhã <strong>de</strong>struirei todos os ímpios da terra. O salmista por<br />

fim conclui asseverando que exercerá o máximo <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r para<br />

purgar a terra das pessoas infames e ímpias. Afirma que fará isso <strong>de</strong><br />

manhã; pois se os príncipes forem apáticos e indolentes, jamais remediarão<br />

em tempo os males que se proliferam. Portanto, eles <strong>de</strong>vem<br />

fazer oposição ao mal começando <strong>de</strong> suas raízes. O juiz, não obstante,<br />

não <strong>de</strong>ve cuidar <strong>de</strong> ce<strong>de</strong>r à influência da ira, nem agir precipitadamente<br />

e sem a <strong>de</strong>vida pon<strong>de</strong>ração. A palavra original para <strong>de</strong> manhã está<br />

no plural (sendo propriamente pelas manhãs), o que <strong>de</strong>nota exercí-

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