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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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380 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

então eram estranhos, e até mesmo inimigos mortais entre si, são<br />

agora nomeados entre os cidadãos <strong>de</strong> Jerusalém, ou, seja, porque<br />

Cristo nascerá ali, 9 cujo ofício é congregar, para a unida<strong>de</strong> da fé e<br />

a esperança da vida eterna, homens que estavam dispersos, como<br />

membros dilacerados do corpo. A primeira <strong>de</strong>stas interpretações,<br />

sendo totalmente forçada, não carece <strong>de</strong> refutação. Além do mais, é<br />

bem evi<strong>de</strong>nte que os ju<strong>de</strong>us, movidos por tola ambição, torcem esta<br />

passagem intencionalmente. A exposição dos doutores cristãos é, à<br />

primeira vista, plausível à luz <strong>de</strong> sua engenhosida<strong>de</strong>; porém <strong>de</strong>stituída<br />

<strong>de</strong> soli<strong>de</strong>z. As palavras claramente implicam que, seja qual for<br />

a nação a que os homens pertençam, voluntariamente renunciarão<br />

seu próprio país para que sejam arrolados no Registro do povo eleito.<br />

Quando se diz que nasceram ali, não significa que são naturais<br />

do país e foram criados nele <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seu nascimento, mas que são<br />

seus cidadãos. O que a seguir se acrescenta: O próprio Altíssimo a<br />

estabelecerá, com igual proprieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> traduzir-se a or<strong>de</strong>nará,<br />

sendo a obra <strong>de</strong> Deus especialmente governar sua Igreja pela instrumentalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sua Palavra.<br />

5. E <strong>de</strong> Sião se dirá: Este e aquele homem nasceram nela. No<br />

versículo 4 assegura-se que novos cidadãos serão congregados na<br />

Igreja <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> diferentes partes do mundo; e aqui se <strong>de</strong>senvolve<br />

o mesmo tema. Entretanto, emprega-se outra figura, a saber: que os<br />

estrangeiros <strong>de</strong> nascença serão contados entre o povo santo, como<br />

se fossem <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Abraão. Declarou-se no versículo prece<strong>de</strong>nte<br />

que os cal<strong>de</strong>us e egípcios foram acrescidos à família da Igreja;<br />

e que os habitantes da Etiópia, da Filístia e <strong>de</strong> Tiro foram arrolados<br />

entre seus filhos. Agora acrescenta-se, à guisa <strong>de</strong> confirmação, que<br />

o número da nova progênie será excessivamente gran<strong>de</strong>; a cida<strong>de</strong><br />

9 Horsley, que assume este ponto <strong>de</strong> vista, traduz:<br />

“E cada um dirá <strong>de</strong> Sião:<br />

Ele nasceu ali.”<br />

Sobre o quê ele tem esta nota: “Unusquisque, cada um. Cada um confessará, para a honra dos<br />

israelitas, que o Salvador foi um ju<strong>de</strong>u nativo.” Dimock faz objeção a isso, observando que Cristo<br />

não nasceu em Jerusalém.

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