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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 83 • 321<br />

tão-somente em seu alento há força suficiente para transtornar todos<br />

seus inimigos. Nem é exclusivamente nesta passagem que se relata a<br />

matança dos midianitas com esse propósito. Também Isaías [9.4] a<br />

introduz para confirmar a veracida<strong>de</strong> da restituição da Igreja: “Porque<br />

tu quebraste o jugo <strong>de</strong> sua carga, e o bordão <strong>de</strong> seu ombro, e a vara <strong>de</strong><br />

seu opressor, como no dia dos midianitas.”<br />

Ao <strong>de</strong>clarar que vieram a ser estrume para a terra, a expressão<br />

po<strong>de</strong> ser explicada ou no sentido em que, primeiro, seus cadáveres<br />

apodreceram sobre a terra, ou, segundo, que foram pisoteados sob os<br />

pés como se fossem estrume. Esta última explicação é a mais apropriada;<br />

porém não rejeito a primeira. A razão por que se diz: Pereceram<br />

em Endor é uma averiguação um tanto difícil. O nome Endor <strong>de</strong>ve ser<br />

encontrado em Josué 17.11; e é provável que o exército do rei Jabin<br />

fosse <strong>de</strong>struído ali. 17 A opinião formulada por alguns <strong>de</strong> que Endor é<br />

aqui usado como um apelido, comunicando a idéia <strong>de</strong> que seu <strong>de</strong>sbarato<br />

foi público e visível aos olhos, é do gênero que não posso aprovar.<br />

12. Que disseram: Tomemos para nós as habitações <strong>de</strong> Deus<br />

por nossa possessão. Esses inimigos pagãos são novamente acusados<br />

<strong>de</strong> traição contra o Rei celestial, assenhoreando-se <strong>de</strong> sua<br />

herança como iníquos assaltantes. Po<strong>de</strong>mos estar certos <strong>de</strong> que<br />

não admitiram com muitas palavras que foi sua intenção cometer<br />

tal crime; mas como <strong>de</strong>sprezaram a Deus que, bem o sabiam, era<br />

adorado pelo povo <strong>de</strong> Israel, são aqui justamente responsabilizados<br />

pela culpa <strong>de</strong> tudo fazerem para <strong>de</strong>sapossá-los <strong>de</strong> sua própria<br />

herança. E, sem dúvida, profanamente cometeram abuso contra o<br />

verda<strong>de</strong>iro Deus, <strong>de</strong> cuja santa majesta<strong>de</strong> nutriam o mais profundo<br />

<strong>de</strong>sprezo, estando suas mentes intoxicadas com suas próprias<br />

17 Endor não é mencionado no relato sobre o <strong>de</strong>sbarato da hoste <strong>de</strong> Jabin e o massacre <strong>de</strong><br />

Sísera, em Juízes 4; mas aparece em Josué 17.11, don<strong>de</strong> Calvino extrai a citação, como tendo sido<br />

uma parte da sorte que caiu para a tribo <strong>de</strong> Manassés. Nessa passagem, Taanaque e Megido são<br />

mencionados como distritos adjuntos <strong>de</strong> Endor. E no cântico <strong>de</strong> Débora, os reis <strong>de</strong> Canaã que lutaram<br />

na ocasião referida contra os israelitas, diz-se terem lutado “em Taanaque perto das águas<br />

<strong>de</strong> Megido” [Jz 4.19]. Isso po<strong>de</strong>ria explicar por que se diz terem perecido em Endor, o qual ficava<br />

perto do lugar on<strong>de</strong> o exército <strong>de</strong> Sísera foi <strong>de</strong>struído.

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