31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 96 • 543<br />

cas, com ricos termos, para que rendam a Deus o mesmo culto que<br />

os ju<strong>de</strong>us prestavam; não que <strong>de</strong>vamos adorar a Deus agora segundo<br />

o ritual externo que fora prescrito sob a lei, mas significa que haveria<br />

uma regra e forma <strong>de</strong> religião na qual todas as nações concordariam.<br />

Ora, a menos que o muro <strong>de</strong> separação fosse <strong>de</strong>rrubado, os gentios<br />

não po<strong>de</strong>riam ter entrado em companhia dos filhos <strong>de</strong> Deus nos átrios<br />

do santuário. De modo que temos aqui uma clara predição da vocação<br />

dos gentios, os quais necessitavam <strong>de</strong> ter sua impureza removida<br />

antes que pu<strong>de</strong>ssem ser introduzidos na assembléia dos santos. A mincha,<br />

ou oblação, era meramente um tipo <strong>de</strong> sacrifício, porém é aqui<br />

tomada para <strong>de</strong>notar todo o culto divino, porque ela era uma parte do<br />

serviço divino mais ordinariamente praticado. À luz <strong>de</strong>sta e <strong>de</strong> outras<br />

passagens vemos que o escritor inspirado <strong>de</strong>screve o culto interior<br />

<strong>de</strong> Deus sob símbolos comuns na época em que viveram. Deus não<br />

queria que lhe fossem apresentadas oferendas <strong>de</strong> carne <strong>de</strong>pois que<br />

Cristo viesse; mas as palavras que o salmista emprega insinuam que<br />

os portões do templo, uma vez fechados, agora seriam abertos para<br />

a admissão dos gentios. O apóstolo, em sua Epístola aos Hebreus<br />

[13.15], nos diz quais são os sacrifícios que agora Deus requer para<br />

ser adorado. Daí o absurdo dos papistas que evocam tais passagens<br />

em abono da missa e suas <strong>de</strong>mais parvoíces. Entretanto, po<strong>de</strong>mos mui<br />

apropriadamente apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ssas palavras que não <strong>de</strong>vemos chegar à<br />

presença <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> mãos vazias, estando instruídos como <strong>de</strong>vemos<br />

apresentar-nos a nós e a tudo quanto temos como um culto racional a<br />

ele oferecido [Rm 12.1; 1Pe 2.5].<br />

9. Adorai diante <strong>de</strong> Jehovah. O salmista segue o mesmo fio <strong>de</strong><br />

pensamento. Ao requerer oblações <strong>de</strong> seu povo, não se <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar<br />

que Deus necessite do culto das criaturas, mas que lhes conce<strong>de</strong><br />

a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> professar sua fé. Portanto, a verda<strong>de</strong>ira razão aqui<br />

mencionada por que se requeria oblação é para que seu povo pu<strong>de</strong>sse<br />

prostrar-se diante <strong>de</strong>le e reconhecer que eles e tudo o que lhes pertencia<br />

eram <strong>de</strong>le. Faz-se menção da beleza do templo, uma referência ao<br />

fato <strong>de</strong> que os gentios seriam soerguidos para uma nova honra ao se

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!