31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Salmo 82 • 307<br />

como um meio <strong>de</strong> instigar-vos a executar com temor e tremor o ofício<br />

que vos foi confiado.” Este versículo po<strong>de</strong> também ser visto como sendo<br />

dirigido por Deus mesmo aos governantes, e como a insinuar que,<br />

além <strong>de</strong> os revestir com autorida<strong>de</strong>, ele lhes conce<strong>de</strong>u seu nome. Esta<br />

interpretação parece concordar com a linguagem <strong>de</strong> Cristo em João<br />

10.34, on<strong>de</strong> ele fala dos que são chamados <strong>de</strong>uses a quem veio a palavra<br />

<strong>de</strong> Deus. A passagem, contudo, po<strong>de</strong> ser apropriadamente elucidada<br />

assim: Admito que sois <strong>de</strong>uses e filhos do Altíssimo. 7 Mas isso não altera<br />

materialmente o significado. O objetivo é simplesmente ensinar que a<br />

dignida<strong>de</strong> com que os juízes são investidos não po<strong>de</strong> tornar-se uma<br />

justificativa para se escaparem do castigo que sua perversida<strong>de</strong> merece.<br />

O governo do mundo lhes foi confiado com base no discernimento<br />

distinto <strong>de</strong> que eles mesmos também um dia terão <strong>de</strong> comparecer perante<br />

o tribunal do céu para o acerto <strong>de</strong> contas. A dignida<strong>de</strong>, pois, com<br />

que são revestidos é só temporariamente, e passará com a aparência<br />

do mundo. Por conseguinte, adiciona-se no versículo 7: Porém, morrereis<br />

como homens. Vós estais armados com po<strong>de</strong>r, como se quisesse<br />

dizer, para governar o mundo; porém, com isso não <strong>de</strong>ixastes <strong>de</strong> ser<br />

homens, no sentido <strong>de</strong> não mais estar<strong>de</strong>s sujeitos à mortalida<strong>de</strong>. A última<br />

sentença do versículo é traduzida por alguns expositores, assim:<br />

Caireis como um dos príncipes; 8 porém, em minha opinião, impropriamente.<br />

Enten<strong>de</strong>m que ela contém uma ameaça <strong>de</strong> morte violenta que<br />

recairia sobres esses juízes injustos, correspon<strong>de</strong>ndo ao sentimento<br />

<strong>de</strong>stas linhas <strong>de</strong> um poeta pagão:<br />

7 “Sois todos filhos do Altíssimo, uma expressão hebraica, significando os homens da mais elevada<br />

estirpe e po<strong>de</strong>r. Cf. <strong>Salmos</strong> 24.1; 89.7.” – Cresswell.<br />

8 Esta é a redação <strong>de</strong> mossa Bíblia inglesa, sobre a qual Secker observa: “Parece <strong>de</strong>snecessário<br />

dizer que esses príncipes cairão como um dos príncipes.” Ele pensa com Hare que a redação verda<strong>de</strong>ira<br />

não é

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!