31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

220 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

bem o significado; mas se acha longe <strong>de</strong>mais do significado da palavra<br />

hebraica, rwz, zur, a qual tenho traduzido por alienados. A intenção do<br />

profeta era expressar em duas palavras um prazer momentaneamente<br />

satisfeito; pois quando Deus executou vingança sobre o povo, ainda<br />

continuaram entregues à excessiva gratificação do paladar. 29 Diz-se<br />

que a ira <strong>de</strong> Deus metaforicamente se acen<strong>de</strong>u, quando subitamente<br />

saiu a executar juízo; pois quando aparentemente ele fecha seus olhos<br />

e parece não notar nossos pecados, é, por assim dizer, como se estivesse<br />

a dormitar. O castigo foi experimentado por pessoas <strong>de</strong> cada<br />

condição entre os israelitas; porém os robustos 30 e os escolhidos são<br />

expressamente mencionados a fim <strong>de</strong> exibir o juízo <strong>de</strong> Deus numa luz<br />

ainda mais conspícua. Não aconteceu por acaso que os mais robustos<br />

e vigorosos fossem atingidos e eliminados pela praga. Visto que os<br />

fortes são comumente enganados por sua força, e os soberbos se exaltam<br />

contra Deus, esquecidos <strong>de</strong> sua própria fragilida<strong>de</strong>, crendo que<br />

po<strong>de</strong>m fazer tudo quanto lhes apraz, não surpreen<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir que a<br />

ira <strong>de</strong> Deus tenha ardido <strong>de</strong> forma ainda mais fulminante contra tais<br />

pessoas do que contra as <strong>de</strong>mais.<br />

[vv. 32-37]<br />

Com tudo isso ainda pecaram e não <strong>de</strong>ram crédito a suas obras portentosas.<br />

E ele consumiu seus dias na vaida<strong>de</strong>, e seus anos na precipitação. 31<br />

Quando os matava, então o buscavam; e voltavam, e <strong>de</strong> madrugada buscavam<br />

a Deus. E se lembravam <strong>de</strong> que Deus era sua Rocha, e <strong>de</strong> que o Deus<br />

Altíssimo era seu Re<strong>de</strong>ntor. E o bajulavam com sua boca e lhe mentiam<br />

com sua língua. Seu coração, porém, não era reto diante <strong>de</strong>le, nem foram<br />

fiéis a seu pacto.<br />

29 “Enquanto sua carne estava ainda em sua boca; a carne das codornizes, enquanto estava<br />

entre seus <strong>de</strong>ntes, antes que fosse mastigada e antes que fosse <strong>de</strong>glutida, enquanto ainda rolavam<br />

esses saborosos nacos com suas línguas e se empanturravam, a <strong>de</strong>struição lhes sobreveio; exatamente<br />

como ocorreu a Belsazar, enquanto festejava com seus nobres, em meio a sua folgança e<br />

jovialida<strong>de</strong>, foi morto pelos persas [Dn 5.1, 30].”<br />

30 Mr. Mudge observa que esta cláusula <strong>de</strong>ve ser traduzida “os matou entre suas opulências ou<br />

indulgências”. Isso é aprovado por Lowth. Cocceius e Michaelis dão uma versão similar.<br />

31 “Esta alusão é a suas peregrinações <strong>de</strong>signadas por quarenta anos no <strong>de</strong>serto, como castigo<br />

<strong>de</strong> sua <strong>de</strong>sobediência e rebelião; até que todos os que <strong>de</strong>ixaram o Egito, e chegaram à ida<strong>de</strong> adulta,<br />

morressem, com a exceção <strong>de</strong> Calebe e Josué.” – Warner.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!