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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 88 • 395<br />

tância dos santos, tem tido sempre algum misto <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong> da<br />

carne, o que se faz necessário a Deus no exercício <strong>de</strong> sua paternal clemência,<br />

ser indulgente com o pecado com que mesmo nossas próprias<br />

virtu<strong>de</strong>s têm sido em algum grau contaminadas. Quando o salmista<br />

pergunta: tua benignida<strong>de</strong> será <strong>de</strong>clarada na sepultura?, sua intenção<br />

não é dizer que os mortos são <strong>de</strong>stituídos <strong>de</strong> consciência; senão<br />

que persegue a mesma idéia que previamente expressara, a saber: que<br />

é mais oportuno socorrer os homens enquanto se encontram no meio<br />

<strong>de</strong> perigo e clamando do que soerguê-los <strong>de</strong> seus túmulos quando já<br />

estão mortos. Seu raciocínio proce<strong>de</strong> do que suce<strong>de</strong> ordinariamente;<br />

não sendo o modo costumeiro <strong>de</strong> Deus fazer os mortos saírem <strong>de</strong><br />

seus túmulos para que sejam testemunhas e arautos <strong>de</strong> sua bonda<strong>de</strong>.<br />

À benignida<strong>de</strong> ou mercê <strong>de</strong> Deus ele anexa sua verda<strong>de</strong> e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>;<br />

pois quando Deus livra seus servos, ele faz uma confirmação <strong>de</strong> sua<br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> em relação a suas promessas. E, em contrapartida, ele se vê<br />

influenciado a cumprir suas promessas não movido por outra coisa<br />

senão unicamente por sua bonda<strong>de</strong> inerente. Quando o profeta afirma<br />

que a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> divina, bem como a divina bonda<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>r e justiça<br />

não po<strong>de</strong>m ser conhecidos na terra do esquecimento, algumas pessoas<br />

equivocadas torcem tolamente a afirmação em apoio <strong>de</strong> um erro<br />

grosseiro, como se ela ensinasse que os homens são aniquilados pela<br />

morte. Ele fala tão-somente do modo ordinário pelo qual Deus esten<strong>de</strong><br />

seu auxílio, o qual <strong>de</strong>signou este mundo para ser um estágio no qual<br />

pu<strong>de</strong>sse exibir sua bonda<strong>de</strong> para com o gênero humano.<br />

13. A ti, porém, tenho clamado, ó Jehovah! É possível certo<br />

grau <strong>de</strong> intemperança na linguagem do profeta, a qual, como já admiti,<br />

não po<strong>de</strong> ser totalmente justificada; mas ainda era um sinal <strong>de</strong> rara fé<br />

e pieda<strong>de</strong> perseverar como fez com ar<strong>de</strong>nte solicitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> jamais se<br />

<strong>de</strong>svanecer em oração. Isso é o que ele quer dizer quando afirma que<br />

apressou-se <strong>de</strong> manhã; pelo quê ele não queria que imaginássemos<br />

que ele lenta e friamente <strong>de</strong>morasse até que se visse constrangido pela<br />

mais premente necessida<strong>de</strong>. Ao mesmo tempo, ele mo<strong>de</strong>stamente insinua<br />

com estas palavras que seu <strong>de</strong>finhamento em longas e contínuas

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