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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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328 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

si, on<strong>de</strong> ponha seus filhos, ó teus altares! tu, Jehovah dos Exércitos! meu<br />

Rei e meu Deus. Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-<br />

-ão continuamente. Selah.<br />

1. Quão amáveis são teus tabernáculos, ó Jehovah dos Exércitos!<br />

Davi se queixa <strong>de</strong> viver privado da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso à Igreja <strong>de</strong> Deus,<br />

pala ali fazer uma profissão <strong>de</strong> sua fé, para aprofundar sua pieda<strong>de</strong> e envolver-se<br />

no culto divino. Alguns enten<strong>de</strong>riam por os tabernáculos <strong>de</strong> Deus<br />

o reino do céu, como se Davi lamentasse sua continuação nesse estado<br />

<strong>de</strong> peregrinação terrena; porém não consi<strong>de</strong>ram suficientemente a natureza<br />

<strong>de</strong> suas atuais e aflitivas circunstâncias – que ele se via excluído do<br />

santuário. Ele sabia que não fora <strong>de</strong>bal<strong>de</strong> que Deus <strong>de</strong>signasse as santas<br />

assembléias, e que os santos necessitam <strong>de</strong> tais auxílios enquanto prosseguem<br />

em sua trajetória neste mundo. Ele também estava profundamente<br />

cônscio <strong>de</strong> sua própria <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>; tampouco era ignorante <strong>de</strong> quão longe<br />

estava <strong>de</strong> equiparar-se à perfeição dos anjos. Portanto, ele tinha boas<br />

razões para lamentar-se <strong>de</strong> viver privado daqueles meios cuja utilida<strong>de</strong> é<br />

bem notória a todos os crentes genuínos. Sua atenção, sem dúvida, estava<br />

dirigida para o fim apropriado a que o ritual externo se <strong>de</strong>stina; pois<br />

seu caráter era amplamente diferente daquele dos hipócritas que, embora<br />

freqüentem as assembléias solenes com gran<strong>de</strong> pompa, e pareçam consumir-se<br />

com ar<strong>de</strong>nte zelo no serviço <strong>de</strong> Deus, todavia em tudo isso nada<br />

almejam mais que uma exibição ostensiva <strong>de</strong> pieda<strong>de</strong> com o fim <strong>de</strong> obter o<br />

crédito <strong>de</strong> terem cumprido seu <strong>de</strong>ver para com ele. A mente <strong>de</strong> Davi longe<br />

estava <strong>de</strong> ocupar-se com tão grosseira imaginação. O fim que ele tinha em<br />

faz seu ninho em algum lugar freqüentado. Esta consi<strong>de</strong>ração não produz uma imagem ina<strong>de</strong>quada<br />

para o propósito do salmista aqui? O pombo, que é o único nome mais geral para a mesma ave, não<br />

seria próprio para esta objeção.” Mas, para remover tal dificulda<strong>de</strong> relativa à rola, Merrick cita uma<br />

passagem da Viagem ao Levante <strong>de</strong> Sir. H. Blunt (p. 186, ed. 5) na qual esse viajante diz que na Turquia<br />

todas as aves são domésticas <strong>de</strong>mais para o uso <strong>de</strong> violência, ou, seja, que o salmista precisasse lançar<br />

seu manto sobre rolas ou pombos na estrada. “Os intérpretes hebreus”, diz o <strong>Comentário</strong> Ilustrado sobre<br />

a Bíblia, “crêem ser esta a andorinha, e são secundados por nossa versão. A palavra significa liberda<strong>de</strong>,<br />

livramento, e é possível referir-se à maneira livre em que as andorinhas voam. Só é mencionada<br />

novamente pelo menos por este nome em Provérbios 26.2; e ali é também associada com o tsippor,<br />

que nossa versão traduz por ave, em lugar <strong>de</strong> andorinha. Em ambos os textos, o significado concorda<br />

melhor com andorinha do que com rola ou pombo.

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