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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 78 • 211<br />

seqüentemente, Paulo ensina em 1 Coríntios 10.2 que houve um tipo<br />

<strong>de</strong> batismo administrado ao povo sob aquela nuvem, como também<br />

em sua passagem pelo mar; cujo fruto não se limita a esta vida frugal<br />

e transitória, mas se esten<strong>de</strong> até mesmo à salvação eterna.<br />

15. Fen<strong>de</strong>u as rochas no <strong>de</strong>serto. O salmista produz outra evidência<br />

do amor paternal pelo qual Deus testificou da gran<strong>de</strong>za do cuidado<br />

que ele exercia sobre o bem-estar <strong>de</strong>ste povo. Não basta dizer simplesmente<br />

que Deus <strong>de</strong>u-lhes a beber, mas também que ele fez isso <strong>de</strong> uma<br />

maneira miraculosa. É um fato que às vezes fontes emanam <strong>de</strong> rochas,<br />

porém a rocha que Moisés golpeou era completamente seca. Don<strong>de</strong> se<br />

faz evi<strong>de</strong>nte que a água não brotou <strong>de</strong> qualquer fonte, mas que ela fluiu<br />

dos abismos mais profundos, como se fosse dito: do próprio centro da<br />

terra. Portanto, os que têm interpretado esta passagem no sentido em<br />

que os israelitas beberam dos abismos sem fundo, porque as águas<br />

fluíram em gran<strong>de</strong> abundância, fracassam em apresentar uma explicação<br />

consistente. Moisés, em sua história do milagre, realça antes sua<br />

gran<strong>de</strong>za, notificando que Deus or<strong>de</strong>nou que aquelas águas jorrassem<br />

dos canais mais remotos.<br />

A mesma verda<strong>de</strong> é confirmada no versículo seguinte, no qual<br />

afirma-se que on<strong>de</strong> antes não havia uma única gota <strong>de</strong> água, surgiu<br />

um gran<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>roso manancial. Houvesse fluído da rocha apenas<br />

um pequeno ribeiro, os homens ímpios po<strong>de</strong>riam ter tido alguma base<br />

aparente para cavilação e subestimar a bonda<strong>de</strong> divina; mas quando<br />

a água jorrou em tão copiosa abundância, <strong>de</strong> uma forma tão súbita,<br />

quem não vê que o curso ordinário da natureza fora mudado, e não<br />

que foi aberto algum canal ou fonte que casualmente estivera oculto<br />

na terra?<br />

[vv. 17-22]<br />

Todavia continuaram ainda a pecar contra ele, a provocar o Altíssimo no<br />

<strong>de</strong>serto. E tentaram a Deus em seu coração, pedindo carne para sua alma. 17<br />

E falaram contra Deus, e disseram: Porventura po<strong>de</strong> Deus preparar uma<br />

17 “Ou, à leur cupidite.” – v.f.m. “Ou, para sua luxúria.”

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