31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

604 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

[vv. 15-18]<br />

E as nações temerão o nome <strong>de</strong> Jehovah, 16 e todos os reis da terra, tua glória.<br />

Pois Jehovah tem edificado Sião e tem aparecido em sua glória. Ele tem<br />

consi<strong>de</strong>rado a oração do solitário 17 e não <strong>de</strong>sprezou suas orações. 18 Isso será<br />

registrado para a geração que há <strong>de</strong> vir; e o povo a ser criado o louvará. 19<br />

15. E as nações temerão o nome <strong>de</strong> Jehovah. Aqui o profeta <strong>de</strong>screve<br />

o fruto que resultaria do livramento das antigas tribos; ou, seja,<br />

que com isso a glória <strong>de</strong> Deus se tornaria eminente entre nações e reis.<br />

Ele afirma tacitamente que, quando a Igreja se acha oprimida, a glória<br />

divina é ao mesmo tempo vilipendiada; ainda quando o Deus <strong>de</strong> Israel,<br />

sem dúvida, no período referido, era menosprezado pelos ímpios,<br />

como se estivesse <strong>de</strong>stituído do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> socorrer seu povo. Portanto,<br />

<strong>de</strong>clara-se que, se ele os redimir, propiciará uma prova tão notável<br />

<strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r que constrangerá os gentios a reverenciarem Àquele a<br />

quem con<strong>de</strong>navam.<br />

A parte conclusiva do versículo 16, Ele apareceu em sua glória,<br />

aponta para a manifestação que Deus fez <strong>de</strong> si quando arrancou<br />

sua Igreja das trevas da morte; mesmo porque lemos em outra parte<br />

concernente a seu primeiro livramento: “Judá era seu santuário e<br />

16 “Craindront ton nom, Seigneur.” – v.f. “Temerá seu nome, ó Senhor!”<br />

17 A palavra original para o solitário é rurh, ha-ârâr; e como ruru significa a tamargueira ou<br />

murta, alguns a traduzem “o homem aflito ou rejeitado”; sendo a murta um emblema <strong>de</strong> um vil e<br />

<strong>de</strong>sprezível estado da Igreja. Conseqüentemente, na Caldaica temos: “a oração do <strong>de</strong>solado”; e<br />

na Septuaginta: “a oração do humil<strong>de</strong>”. Houbigant <strong>de</strong>riva a palavra <strong>de</strong> uur, frangere, quebrar, e a<br />

traduz: “o aflito”. Outros lêem: “o <strong>de</strong>stituído”, presumindo ser a palavra oriunda <strong>de</strong> hru, estava<br />

nu, como Fry: “Quando ele se voltou para a oração do <strong>de</strong>stituído – o povo se esvaziou e <strong>de</strong>rramou<br />

– feito nu ou <strong>de</strong>spido.” Outros preferem a versão: “Ele o consi<strong>de</strong>rou enquanto estimulava sua<br />

oração”, como se a raiz do termo hebraico fosse rwu, excitar.<br />

18 Horsley traduz no presente os verbos dos versículos 16 e 17:<br />

“Realmente Jehovah está edificando Sião;<br />

Ele aparece em sua glória.<br />

Ele consi<strong>de</strong>ra a oração do <strong>de</strong>stituído,<br />

E sua oração ele não <strong>de</strong>spreza.”<br />

Ele consi<strong>de</strong>ra o Salmo como uma “oração e lamentação <strong>de</strong> um crente no tempo da última perseguição<br />

anticristã”; e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> observar que os versículos 16 e 17 são traduzidos por nossa Bíblia<br />

inglesa no futuro, diz: “Tais futuros, no original, são todos presentes: edifica, aparece, consi<strong>de</strong>ra e<br />

não <strong>de</strong>spreza. O salmista, em sua confiança, fala do evento como em realização.”<br />

19 “Le Seigneur.” – v.f. “O Senhor.” No hebraico, temos hy, Jah.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!