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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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216 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

23. Mas ainda que ele or<strong>de</strong>nara às nuvens <strong>de</strong> cima. É um equívoco<br />

supor que este milagre esteja relacionado meramente com a forma<br />

<strong>de</strong> história. O profeta antes censura os israelitas o mais severamente<br />

possível, dizendo que, embora alimentados a fartar com o maná, não<br />

cessaram <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejar as <strong>de</strong>lícias culinárias que bem sabiam Deus lhes<br />

havia negado. Era a mais vil ingratidão escarnecer e rejeitar a comida<br />

celestial, a qual, por assim dizer, os associava ao anjos. Fosse um<br />

homem habitante da França ou da Itália, angustiado e impaciente por<br />

não ter para comer o pão do Egito, nem para beber o vinho da Ásia,<br />

não faria ele guerra contra Deus e a natureza, segundo o costume dos<br />

antigos gigantes? Muito menos <strong>de</strong>sculpável foi a irrefreável luxúria dos<br />

israelitas, a quem Deus não só forneceu provisão terrena em rica abundância,<br />

mas a quem ele também <strong>de</strong>u o pão do céu para seu sustento.<br />

Tivessem eles ainda suportado fome por um longo período, a proprieda<strong>de</strong><br />

e o <strong>de</strong>ver teriam requerido <strong>de</strong>les que pedissem alimento com<br />

mais humilda<strong>de</strong>. Tivessem sido supridos apenas com farelo ou palha,<br />

teria sido seu sacro <strong>de</strong>ver ter reconhecido que no lugar on<strong>de</strong> estavam<br />

– no <strong>de</strong>serto – esta não era uma dádiva ordinária do céu. Se lhes<br />

fora concedido apenas o pão ordinário, teriam tido suficiente razão<br />

para dar graças. Mas quanto mais fortes eram suas obrigações para<br />

com Deus, quando ele criou um novo tipo <strong>de</strong> alimento, com o qual,<br />

esten<strong>de</strong>ndo, por assim dizer, sua mão do céu, ele os supriu ricamente<br />

e em gran<strong>de</strong> abundância! Eis a razão por que o maná é chamado trigo<br />

do céu e pão do po<strong>de</strong>roso. Alguns explicam a palavra hebraica

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