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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 103 • 629<br />

[vv. 13-16]<br />

Como um pai se compa<strong>de</strong>ce <strong>de</strong> seus filhos, assim Jehovah se tem compa<strong>de</strong>cido<br />

11 daqueles que o temem. Pois ele sabe do que somos feitos; ele se<br />

lembrou <strong>de</strong> que somos pó. Quanto ao homem, seus dias são como a erva;<br />

como a flor do campo, assim ele floresce. Assim que o vento sopra sobre<br />

ela, logo <strong>de</strong>saparece; 12 e seu lugar não se conhece mais.<br />

13. Como um pai se compa<strong>de</strong>ce <strong>de</strong> seus filhos. O salmista não só<br />

explica, à guisa <strong>de</strong> comparação, o que ele já havia <strong>de</strong>clarado, mas também<br />

ao mesmo tempo assinala a causa por que Deus tão graciosamente<br />

nos perdoa, a saber: porque ele é um pai. Portanto, é em <strong>de</strong>corrência<br />

<strong>de</strong> haver Deus gratuita e soberanamente nos adotado como seus filhos<br />

que ele continuamente perdoa nossos pecados e, conseqüentemente,<br />

somos atraídos àquela fonte don<strong>de</strong> emana a esperança <strong>de</strong> perdão. E<br />

como ninguém jamais foi adotado com base em seu próprio mérito,<br />

segue-se que os pecados são gratuitamente perdoados. Deus é comparado<br />

a pais terrenos, não porque ele seja em todos os aspectos como<br />

eles, mas porque não há imagem terrena que forme paralelo com seu<br />

amor para conosco, e o qual seja melhor expresso. Para que a bonda<strong>de</strong><br />

paternal <strong>de</strong> Deus não fosse pervertida como um estímulo ao<br />

pecado, Davi novamente reitera que Deus é assim favorável somente<br />

em prol dos que são seus sinceros adoradores. É <strong>de</strong>veras uma prova<br />

<strong>de</strong> incomum paciência o fato <strong>de</strong> Deus “fazer seu sol nascer sobre<br />

maus e bons” [Mt 5.45]; mas o tema aqui tratado é a livre imputação<br />

da justiça por meio da qual somos reputados filhos <strong>de</strong> Deus. Ora, esta<br />

justiça só é oferecida aos que se <strong>de</strong>votam inteiramente a um Pai tão<br />

liberal, e reverentemente se submetem a sua palavra. Mas como nossa<br />

obtenção <strong>de</strong> santida<strong>de</strong> neste mundo, qualquer medida que ela tenha,<br />

longe está da perfeição, então só resta uma coluna <strong>de</strong> apoio sobre a<br />

qual nossa salvação seguramente po<strong>de</strong> repousar: a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />

11 No verbo francês está no tempo presente: “Assim Jehovah se compa<strong>de</strong>ce.”<br />

12 Supõe-se que há aqui uma referência àquele doentio vento <strong>de</strong>strutivo do oriente, chamado o<br />

Simoon, o qual, por causa <strong>de</strong> seu extremo calor, <strong>de</strong>strói <strong>de</strong> uma vez por todas tudo o que é ver<strong>de</strong>.<br />

Doença e morte se assenhoreiam do homem e o reduzem a seu pó original, tão segura e rapidamente<br />

assim que esse vento açoitante sopra sobre a tenra flor.

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