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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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72 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

6. Ele <strong>de</strong>scerá como a chuva sobre a relva roçada. Essa comparação<br />

po<strong>de</strong> parecer, à primeira vista, um tanto abrupta; mas ela<br />

elegante e contrariamente expressa a gran<strong>de</strong> vantagem que se <strong>de</strong>riva<br />

<strong>de</strong> toda boa e eqüitativa constituição <strong>de</strong> um reino. Bem sabemos<br />

que os prados são roçados no início do verão, quando o calor prevalece;<br />

e que a terra não embebida <strong>de</strong> nova umida<strong>de</strong> pela carência<br />

chuva, até mesmo as próprias raízes da pastagem se secavam em<br />

virtu<strong>de</strong> do estado estéril e ressequido do solo. Davi, pois, nos ensina<br />

que, como Deus <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a terra do calor do sol, regando-a, assim<br />

ele, <strong>de</strong> igual modo, provê o bem-estar <strong>de</strong> sua Igreja e a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> sob<br />

o governo do rei. Essa predição, porém, recebeu seu mais elevado<br />

cumprimento em Cristo que, <strong>de</strong>stilando sobre a Igreja sua secreta<br />

graça, a faz frutífera.<br />

[vv. 7-11]<br />

Em seus dias, o justo florescerá; e haverá abundância <strong>de</strong> paz enquanto durar<br />

a lua. 15 Ele exercerá domínio <strong>de</strong> mar a mar, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o rio até os confins<br />

da terra. Os habitantes do <strong>de</strong>serto se curvarão diante <strong>de</strong>le; e seus inimigos<br />

lamberão o pó. Os reis <strong>de</strong> Társis e das ilhas trarão presentes; os reis <strong>de</strong><br />

Sabá e <strong>de</strong> Seba oferecerão uma dádiva. E todos os reis se prostrarão diante<br />

<strong>de</strong>le; todas as nações o servirão.<br />

7. Em seus dias, o justo florescerá. Torna-se-me <strong>de</strong>snecessário<br />

reiterar com freqüência o que já uma vez afirmei, ou, seja, que tovra,<br />

para sempre. Compare-se o versículo 7, on<strong>de</strong> a mesma idéia é expressa, apenas <strong>de</strong> uma forma<br />

ligeiramente diferente – até que não haja lua. Salmo 89.37: ‘Será estabelecido para sempre como<br />

a lua e como uma testemunha fiel no céu.’ A palavra ynpl [traduzida na presença <strong>de</strong>], nesta passagem,<br />

<strong>de</strong>ve ser entendida no mesmo sentido <strong>de</strong> Gênesis 11.28, Mortuus est Haran, ynp-lu, coram<br />

facie Terah; ‘E Harã morreu diante da face <strong>de</strong> Terá’, isto é, enquanto Terá ainda vivia. Daí, no Salmo<br />

102.29, on<strong>de</strong> iynpl, coram te, ‘diante <strong>de</strong> ti’, é usada em referência a Deus – a versão Alexandrina<br />

traz eivj aivw/naj, ‘para sempre’. Aqui o sentido é expresso nas palavras imediatamente seguintes,<br />

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