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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 104 • 657<br />

realçam extraordinariamente a glória <strong>de</strong> Deus no mar. Dentre essas<br />

criaturas, o salmista celebra especialmente o leviatã ou a baleia, 20 porque<br />

esse animal, ainda que não mais exista, se apresenta a nossa vista<br />

suficiente, sim, mais que suficiente prova do terrível po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus;<br />

e pela mesma razão temos um amplo relato <strong>de</strong>le no livro <strong>de</strong> Jó. Como<br />

seus movimentos não só lançasse o mar em terrível agitação, mas também<br />

golpeasse com alarme os corações dos homens, o profeta, com<br />

a palavra folgar, insinua que seus movimentos não passam <strong>de</strong> esporte<br />

em relação a Deus; como se quisesse dizer: O mar é dado aos leviatãs,<br />

como um campo no qual se exercitem.<br />

[vv. 27-30]<br />

Todas as coisas esperam em ti, para que lhes dês alimento em tempo oportuno.<br />

Tu lhos darás, e o recolherão; tu abrirás tua mão, e eles se encherão<br />

[ou se fartarão] com alimento. Tu ocultarás tua face, e eles ficarão conturbados;<br />

tirarás seu fôlego, e morrerão, e voltarão a seu pó. Enviarás teu<br />

Espírito, e serão criados; 21 e renovarás a face da terra.<br />

27. Todas as coisas esperam em ti. O profeta aqui uma vez mais<br />

<strong>de</strong>screve a Deus como que fazendo o papel do dono <strong>de</strong> uma casa, e<br />

um pai <strong>de</strong> criação em relação a todas as sortes <strong>de</strong> criaturas viventes,<br />

provendo-lhes liberalmente. Ele dissera antes que Deus fez com que<br />

alimento crescesse nos montes para o sustento do gado, e que subsistência<br />

fosse ministrada aos próprios leões pela mão do mesmo Deus,<br />

embora vivam <strong>de</strong> sua presa. Agora ele amplia esse portento da beneficência<br />

divina fazendo uso <strong>de</strong> uma circunstância adicional. Enquanto<br />

as diferentes espécies <strong>de</strong> criaturas viventes são quase inumeráveis, e o<br />

número <strong>de</strong> cada espécie, tão gran<strong>de</strong>, não existe, contudo, sequer uma<br />

20 O leviatã, o qual se <strong>de</strong>screve mais extensamente em Jó 40, agora é geralmente tido pelos<br />

comentaristas não como sendo a baleia, mas o crocodilo, um habitante do Nilo. Que ele <strong>de</strong>ve ser<br />

aqui arrolado entre os animais marinhos não <strong>de</strong>ve nos surpreen<strong>de</strong>r, visto que o objetivo do poeta<br />

divino era meramente exibir o reino do mundo aquático. Desses amplos domínios o mar do Nilo<br />

forma, em sua visão, uma parte. Est igitur in specie Nilus. Jeremias 19.5; Naum 3.8.” – Sim. Lex. Heb.<br />

21 “Essa é uma alusão a Gênesis 1.2, visto que a sucessão contínua das coisas é um tipo <strong>de</strong><br />

criação.” – Dimock.

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