31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

210 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

guiou <strong>de</strong> dia por meio <strong>de</strong> uma nuvem; e toda a noite por meio <strong>de</strong> uma luz<br />

<strong>de</strong> fogo. Fen<strong>de</strong>u as rochas no <strong>de</strong>serto; e <strong>de</strong>u-lhes a beber como se fosse <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s abismos. Fez sair fontes da rocha e fez correr as águas como rios.<br />

12. Ele operou maravilhosamente diante <strong>de</strong> seus pais. O<br />

salmista <strong>de</strong>ve ser ainda consi<strong>de</strong>rado como a con<strong>de</strong>nar a posterida<strong>de</strong><br />

dos israelitas por sua culpa; mas, com muita proprieda<strong>de</strong>, e ao mesmo<br />

tempo, ele começa falando dos primeiros ancestrais da nação, notificando<br />

que toda sua raça, ainda <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seus primeiros originais, era <strong>de</strong><br />

uma disposição perversa e rebel<strong>de</strong>. Havendo, porém, <strong>de</strong>stacado que<br />

os filhos <strong>de</strong> Efraim haviam caído em apostasia, já que haviam se esquecido<br />

das obras maravilhosas <strong>de</strong> Deus, ele continua em perseguição<br />

do mesmo tema. Entrementes, como eu já disse, ele faz uma transição<br />

muito feliz ao falar dos pais, que era seu objetivo inclui-los na mesma<br />

con<strong>de</strong>nação.<br />

Em primeiro lugar, ele chama sua atenção para os milagres que<br />

foram operados no meio da terra do Egito, um pouco antes <strong>de</strong> o<br />

povo partir dali. Com o fim <strong>de</strong> torná-los ainda mais vívidos em sua<br />

mente, ele intitula um dos lugares mais celebrados <strong>de</strong> os campos<br />

<strong>de</strong> Zoã. Em seguida passa a falar da passagem pelo meio do mar,<br />

repetindo o que vimos no Salmo anterior, que a or<strong>de</strong>m da natureza<br />

foi revertida quando as águas se interromperam em seu curso e<br />

ainda subiram formando montes compactos como montanhas. Em<br />

terceiro lugar, ele <strong>de</strong>clara que, <strong>de</strong>pois que o povo passou pelo Mar<br />

Vermelho, Deus ainda continuou sendo seu guia em suas jornadas;<br />

e para que isso não viesse a ser mero livramento temporário, ele<br />

graciosamente continuou a esten<strong>de</strong>r-lhes sua mão, exibindo-lhes<br />

novos testemunhos <strong>de</strong> sua benevolência. Sendo-lhes difícil e exaustivo<br />

prosseguir sua jornada pelas regiões áridas e arenosas, não foi<br />

uma bênção ordinária protegê-los do calor do sol pela intervenção<br />

<strong>de</strong> uma nuvem. Entretanto, isso se lhes tornou como um penhor da<br />

mais eminente graça. Deus assim testificava que este povo estava<br />

sob sua proteção, até que tomasse posse da herança celestial. Con-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!