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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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238 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

Deus, estabelecendo para si mesmos ídolos e imagens <strong>de</strong> escultura; e,<br />

em segundo lugar, por inventarem cerimônias estranhas e proibidas<br />

com o intuito <strong>de</strong> aplacar a ira <strong>de</strong> Deus.<br />

[vv. 59-66]<br />

Deus ouviu isso e se indignou, e sentiu excessiva aversão por Israel. E <strong>de</strong>samparou<br />

a habitação <strong>de</strong> Silo, 52 o tabernáculo don<strong>de</strong> habitava entre eles. E<br />

entregou sua força ao cativeiro e sua beleza na mão do inimigo. E entregou<br />

seu povo à espada, e se enfureceu contra sua herança. O fogo <strong>de</strong>vorou<br />

seus escolhidos; 53 e suas virgens não foram aplaudidas. 54 Seus sacerdotes<br />

caíram pela espada; e suas viúvas não fizeram lamentações. O Senhor,<br />

porém, se <strong>de</strong>spertou como quem acaba <strong>de</strong> dormir, como um valente por<br />

causa do vinho. E golpeou seus inimigos por trás; e os pôs por <strong>de</strong>sgraça<br />

eterna.<br />

59. Deus ouviu isso, e se indignou. O profeta novamente<br />

mostra que Deus, quando viu que nenhum bem resultava <strong>de</strong> sua<br />

longanimida<strong>de</strong>, a qual foi abusada pelo povo, sim, até mesmo tratada<br />

com <strong>de</strong>sdém e pervertida como se fosse um estímulo para se<br />

pecar em maior excesso, por fim passou a aplicar severos castigos<br />

sobre eles. A metáfora, a qual ele toma por empréstimo dos juízes<br />

terrenos, é amiú<strong>de</strong> encontrada nas Escrituras. Quando se diz que<br />

Deus ouve, não se preten<strong>de</strong> dizer que se faz necessário que ele faça<br />

inquisição, mas que sua intenção é ensinar-nos que ele não se precipita<br />

inconsi<strong>de</strong>radamente a executar seus juízos, e assim evitar que<br />

alguém conclua que ele sempre age precipitadamente. O equivalente<br />

do que se <strong>de</strong>clara aqui é que o povo prosseguiu pertinazmente<br />

52 Silo era uma cida<strong>de</strong> da tribo <strong>de</strong> Efraim (filho <strong>de</strong> José), on<strong>de</strong> o tabernáculo e a arca tinham<br />

por muito tempo fixado morada [veja-se Js 18.1]; porém dali a arca foi tomada pelos filisteus, nos<br />

dias do sacerdote Eli.<br />

53 “C’est, l’elite et la fleur du peuple.” – v.f.m. “Ou, seja, os escolhidos e a flor do povo.”<br />

54 Fry traduz assi m este versículo:<br />

“Um fogo consumiu seus jovens,<br />

E suas virgens não tiveram canto nupcial.”<br />

“wllwh (pro wllh), laudatæ, celebratæ sunt, scil, epithalamiis.” – Simonis. “Não foram louvadas,<br />

ou, seja, permaneceram solterias; visto que cânticos matrimoniais eram cantados nas núpcias.”<br />

– Bythner.

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