31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

212 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

mesa no <strong>de</strong>serto? Eis que feriu ele a rocha e as águas jorraram e fluíram<br />

fontes. Porventura po<strong>de</strong> Deus também dar pão? Porventura po<strong>de</strong> ele preparar<br />

carne para seu povo? Portanto Jehovah ouviu e ficou irado; e um<br />

fogo se acen<strong>de</strong>u em Jacó; e furor também subiu contra Israel. 18 Porque não<br />

creram em Deus, nem confiaram em sua salvação.<br />

17. Todavia continuaram ainda a pecar contra ele. Havendo o<br />

profeta <strong>de</strong>clarado em termos breves como Deus, por meio <strong>de</strong> uma<br />

contínua sucessão <strong>de</strong> benefícios, havia claramente manifestado a<br />

gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> seu amor para com os filhos <strong>de</strong> Abraão, agora acrescenta<br />

que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido postos sob tão profundas e solenes obrigações<br />

para com ele, eles, como lhes era costumeiro, e segundo seus métodos<br />

habituais, impiamente se rebelaram contra ele. Em primeiro lugar, ele<br />

os acusa <strong>de</strong> o haver provocado gravemente, por pertinazmente acrescentar<br />

iniqüida<strong>de</strong> sobre iniqüida<strong>de</strong>; e então realça o tipo particular <strong>de</strong><br />

provocação que os fez culpados. Pelo verbo provocar ele quer notificar<br />

que não era uma ofensa leve a que cometeram, mas uma perversida<strong>de</strong><br />

tão hedionda e grave que não era possível tolerar. À luz do lugar em<br />

que foi cometida, ele agrava a enormida<strong>de</strong> do pecado. Foi no próprio<br />

<strong>de</strong>serto, quando a lembrança <strong>de</strong> seu livramento estava ainda fresca<br />

em sua memória e on<strong>de</strong> todos os dias tinham seus olhos postos nos<br />

emblemas da presença <strong>de</strong> Deus e on<strong>de</strong> ainda a própria necessida<strong>de</strong><br />

os teria constrangido a ren<strong>de</strong>r uma verda<strong>de</strong>ira e santa obediência –<br />

foi naquele lugar, e sob essas circunstâncias, que não reprimiram sua<br />

insolência e apetites <strong>de</strong>senfreados. 19 Foi então, certamente, uma prova<br />

<strong>de</strong> monstruosa enfatuação agirem eles <strong>de</strong> uma maneira tão abominável<br />

e <strong>de</strong>sditosa como fizeram, ao mesmo tempo que a falta <strong>de</strong> todas<br />

as coisas <strong>de</strong>via ter provado ser o melhor remédio para mantê-los sob<br />

restrição e fazer isso ainda na presença <strong>de</strong> Deus, o qual apresentara<br />

diante <strong>de</strong>les tais manifestações <strong>de</strong> sua glória, enchendo-os <strong>de</strong> terror e<br />

os atraindo a si <strong>de</strong> forma tão bondosa e terna.<br />

18 “O termo subiu é figurado, <strong>de</strong>rivado do movimento da respiração, na veemente explosão da<br />

agitação e ira.” – Walford.<br />

19 “Qu’ils n’ont point reprimé leur insolence et appetit <strong>de</strong>sordonné.” – v.f.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!