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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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visual (P3) evidencia que os m<strong>ate</strong>riais utilizados nas formações continuadas não são<br />

adequados à sua necessidade específica.<br />

Sendo assim, os dados divergem do que se encontra assegurado pela Lei<br />

Brasileira de Inclusão/Estatuto da Pessoa com Deficiência (BRASIL, 2015), no Cap. I,<br />

Art. 1º, em que as pessoas com deficiência têm seus direitos garantidos em relação às<br />

suas inclusões sociais e cidadanias.<br />

Quando foi perguntado se em algum momento já vivenciaram alguma<br />

situação de discriminação e/ou de preconceito enquanto docente com deficiência,as<br />

professoras responderam que:<br />

Sim, muito, por não compreender o que dizem e por não saberem se<br />

comunicar comigo, as pessoas acabarem me esquecendo. Sabe? As vezes<br />

parece que eu sou invisível. Até mesmo aqui dentro da escola. Muitas vezes<br />

eu percebo que meus colegas de trabalho evitam conversar na minha frente,<br />

porque não saberão responder caso eu também queira participar da conversa.<br />

É muito chato mesmo. Mas não culpo eles. A nossa sociedade ainda não está<br />

preparada para lidar com quem é diferente. É difícil até ver alguém se<br />

preocupando em fazer pesquisas que falem de profissionais com deficiência.<br />

Mas sim, já sofri muito preconceito (P1);<br />

Sim, muitas vezes. Até pelos próprios colegas de trabalho que por muitas<br />

vezes já percebi que pensam que tenho menos capacidade de realizar meu<br />

trabalho devido a deficiência. Também quando cheguei aqui enfrentei muitas<br />

barreiras como já te disse e isso acabou fazendo com que alguns dos meus<br />

colegas reafirmassem o que pensavam. Pensam que as pessoas com<br />

deficiência têm menos capacidade que as outras (P2);<br />

Algumas piadas de alguns colegas como chegar na sala de aula perguntando<br />

de algo que tinha no fundo, quando eles sabiam que eu não conseguiria<br />

visualizar para responder. Passei um ano adaptando sozinha os m<strong>ate</strong>riais para<br />

lecionar. Porque você sabe, escola pública tem mal quadro e giz. E como não<br />

enxergo não conseguiria copiar no quadro. Por isso ando com meu<br />

retroprojetor direto. Além disso o maior preconceito que eu acho é por parte<br />

da Secretaria nas formações continuadas. Olha se eles que tem que garantir<br />

nossos direitos, não disponibilizam nem m<strong>ate</strong>rial adaptado, imagine o resto?<br />

(P3).<br />

A docente com surdez (P1) relatou que dentre os fatores que ela considera<br />

como sendo uma forma de discriminação está a falta de comunicação, pois, muitas<br />

vezes por não entenderem a libras, seus colegas de trabalho acabam por exclui-la do<br />

contexto de conversas, o que a faz sentir que ela não faz parte do meio profissional, pois<br />

evitam falar com ela e/ou em sua frente. Enfatizou, ainda, que a sociedade ainda não<br />

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