II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

ascensão de discursos políticos subversivos, percebe-se a atuação de gênero sobre parte
da representação política, com o despontamento da democracia e maior representação
política requisitada pelos indivíduos, essa questão, como um recorte de diversas
identidades que necessitam ser reconhecidas, também apresenta maiores discussões no
início do século XX. Historicamente, devido à polarização entre masculino e feminino,
é a categoria mulher que primeiro é reivindicada como sujeito político, dessa forma, por
determinado período, a noção de gênero era atrelada ao fato de ser mulher e essa
discussão não entrava nos aportes masculinos.
Com isso, o feminismo, como movimento social, surge no Ocidente no
século XIX, reivindicando, nessa “primeira onda”, o sufrágio para que mulheres
também votassem, uma “segunda onda” do movimento também foi marcada nos anos
1960, quando ocorreram novas mudanças políticas (LOURO, 1997), implicando a
existência de mulheres como sujeito político. Como os primeiros estudos que tinham
gênero com foco de estudos a participação política da mulher, esse conceito logo se
tornou diretamente ligado a tal, porém com expansão dos estudos e maiores
especificações e conceituações, mais identidades são estabelecidas e diversas
ramificações de pensamentos são instituídas, como teorias que lidem com a sexualidade,
estudando homossexualidade como identidade também. O espaço para construção
dessas teorias, em muito implementam para a construção de ações afirmativas, como
com o desenvolvimento de teorias queer desde os anos 1990, que propõe voz a sistemas
que não fossem heteronormativo, que apesar de não se constituírem no âmbito legitimo,
demonstram transformações ideológicas em um contexto mais recente.
Ou seja, os movimentos feministas e LGBTs encontraram maior espaço para
defender seus ideais e, com isso, ocorrem também mudanças no cenário legítimo de
acordo com o enfoque de estudos acadêmicos para a temática de gênero, iniciado por
intelectuais feministas, e, também, manifestações políticas proporcionadas pela
democracia. Esse momento de manifestações acaba sendo veiculado e reproduzido
pelos meios de comunicação, que também reproduzem discursos legítimos e
proporcionam visibilidade a representações ideais sobre grupos sociais.
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