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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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aplicadas e transmitidas por gerações, rituais e cosmologia empregados por moradores<br />

da vila em questão, caracterizando-a como pesquisa qualitativa com abordagem<br />

etnográfica, em que se recomenda uma forma adequada de interagir com a comunidade<br />

por meio de entrevistas com perguntas indiretas, fotografias e filmagens envolvendo as<br />

pessoas que extraem e produzem os corantes naturais e trabalham na carpintaria naval<br />

artesanal.<br />

A abordagem determinada para se alcançar os fins da pesquisa está de<br />

acordo com o estudo de campo, sendo uma das etapas da pesquisa descritiva, onde há<br />

observação direta e espontânea das atividades de um grupo, gerando condições para<br />

análises e exercício das tomadas de decisões.<br />

2 O TERRITÓRIO DE SÃO JOÃO DE CÔRTES<br />

Sabe-se que o povoado de São João de Côrtes, em Alcântara, foi<br />

frequentado por padres da Companhia de Jesus desde o início da colonização<br />

portuguesa (IPHAN, 1999).Godoi (2014) complementa relatando que São João de<br />

Côrtes é uma vila situada em uma antiga aldeia onde os jesuítas se estabeleceram e se<br />

tornou uma terra habitada por maioria indígena. A mesma autora esclarece que as<br />

narrativas dos atuais moradores são unânimes ao reconhecerem estes fatos históricos,<br />

como também sobre o desconhecimento a respeito das reais circunstâncias que<br />

obrigaram os índios a abandonarem o local, deixando um santo, São João Batista, a<br />

quem as terras foram doadas, justificando a denominação de Terra de Santo que a vila<br />

recebe. Desta forma, a vila cresceu a partir da capela e da religião católica.<br />

As relações existentes entre os moradores e a manutenção dos rituais<br />

religiosos fazem com que existam grupos dentro da comunidade encarregados do zelo à<br />

igreja; organizar festas religiosas, procissões e coletar donativos conhecidos como joias<br />

para a continuidade destes eventos (ALMEIDA, 2006). Sra. Arlinda Nogueira (não<br />

revelou a idade) e Sra. Maria de Lourdes Ribeiro Ferreira (80 anos), ambas residentes<br />

na Praça Governador Archer, próxima à capela, comandam os rituais, uma vez que um<br />

padre realiza a missa uma vez a cada quinze dias.<br />

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