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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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diversas, através de comentários, compartilhamentos em redes sociais e se constituírem,<br />

inclusive, como fontes emissoras do conteúdo informacional ou servirem de base de<br />

dados para a produção e realimentação de conteúdo noticioso.<br />

Assim considerado, é possível de perceber que o jornalismo online dá ao<br />

caráter noticioso o tom de factual. O que antes era reduto do impresso, através de um<br />

sentido estabelecido de periodicidade, agora cede espaço para o ambiente virtual. A<br />

necessidade de atualização contínua fez o jornalismo online arrogar para si o status de<br />

construtor factual, hard, instantâneo noticioso. Deixa-se para o impresso, o meio termo<br />

de apuração e escrita textual entre o factual instantâneo do online e o aprofundamento<br />

da revista.<br />

Nesse sentido, é preciso chamar <strong>ate</strong>nção para as múltiplas possibilidades<br />

também de não-checagem e propagação de informações (ao mesmo tempo) no<br />

cirberambiente onde se estabelece o jornalismo online. Além do que pode ser entendido<br />

por Fake News, é necessário se refletir porque elas existem e se propagam. Talvez isso<br />

esteja diretamente relacionado com a ideia de patrimonialismo na rede.<br />

A ideia de tornar de algo público, no caso a informação de interesse público,<br />

como um bem que a fundo reflete mesmo são os interesses privados, tem se mostrado<br />

bastante presente na formatação jornalística contemporânea para além dos limites de<br />

linha editorial dos veículos.<br />

Até a ideia de veículos de comunicação enquanto empresas tem se tornado<br />

fluídica. Sites falsos tomam espaço de propagadores noticiosos e legitimadores de fatos,<br />

mesmo quando sobre estes não recai nenhuma responsabilidade ética. Quando a<br />

responsabilidade jurídica gera algum evento não quisto pelos sites propagadores de<br />

notícias falsas, estes fecham as páginas e reabrem outra.<br />

Segundo Fábio Victor (2017), em reportagem especial para a Folha de São<br />

Paulo / UOL, no Brasil especialmente, existe uma verdadeira teia que engrena enquanto<br />

negócio político, econômico e ideológico, o jogo da propagação de notícias falsas na<br />

rede.<br />

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