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II Simpósio- artigos agrupados Editado ate pagina 1035

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Pressupomos, que a origem da atividade das quebradeiras de coco babaçu<br />

do maranhão, e daquelas que vieram desta região do estado para fixarem moradias na<br />

zona rural do município de Imperatriz, é de origem indígena e escrava. Onde ambos os<br />

povos procuravam sobreviver devido à pobreza que assolava essas multidões na época<br />

da colônia e do império. Atividade esta que foi ensinada aos descendentes desses povos<br />

para as futuras gerações que ganhou no tempo e espaço, uma prática social vigente nos<br />

atuais dias que perdura há bastante tempo na história dessas famílias.<br />

Assim como essas mulheres que forneceu as suas versões do aprendizado e<br />

outras que de forma secundariamente, participaram – sempre dizia que a sua mãe e a sua<br />

avó que aprenderam e aperfeiçoaram a quebra do coco babaçu com as suas parentes<br />

antecessoras de origem escrava e indígena. Como descreve no relato da personagem 03<br />

ao interlocutor presente. Tornando uma fonte oral de grande valia para o processo de<br />

transmissão de conhecimentos da prática destas mulheres que tem como identidade<br />

quebradeiras de coco babaçu do maranhão.<br />

Das Entrevistas<br />

Individuo 01<br />

“Nós chegamos em 1980 nesta região – aqui não havia quase nada. Somente<br />

roça e as palmeiras de babaçu. A estrada, essa mesma não havia. Bruaca no<br />

verão e lama no inverno”. *entrevista concedida no dia 15.09.2015<br />

A individuo 01 chegou, em seu relato, na década de 80 na zona rural do<br />

município de Imperatriz. Uma época difícil para inúmeras famílias que ali residiam.<br />

Tendo como a única via de acesso, a estrada de arroz. A mesma, é mãe de 7 filhos e avó<br />

de 13 netos. Residente no povoado são Felix, distante 27 km da área urbana da<br />

cidade.Nascida na cidade de Caxias no ano de 1953. Aprendeu o oficio com a sua<br />

mamãe, e aonde essa aprendeu com a sua vó m<strong>ate</strong>rna – foi a sua referencial m<strong>ate</strong>rna que<br />

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