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homem poderá aperfeiçoar suas técnicas, luzes e assim, desenvolve suas formas de
comunicação e relação com o meio.
Em 1759, o autor publica Emílio ou Da Educação. Nessa obra Rousseau
esboça ao que parece, um exemplar do estado de natureza, servindo como modelo de
educação do homem em uma sociedade moderna ou corrompida. No Tratado de
educação, é-nos apresentada uma criança em sua fase inicial de existência de modo a
permitir uma certa comparação com o hipotético primitivo natural, em face da inserção
social à inserção moral, isto é a ingenuidade moral da criança tende a ser comparada
com a ingenuidade intelectual do hipotético primitivo, visto que ambos apresentam uma
disposição perfectível natural para o desenvolvimento dos respectivos aspectos, sendo
atribuída à educação a função de direcionar e preservar para que a criança não seja
corrompida pela sociedade das aparências e superficialidades.
A EDUCAÇÃO DE EMÍLIO: UMA EDUCAÇÃO NATURAL
A educação em Jean-Jacques Rousseau, tem como objetivo primordial
formar o homem para a sua própria condição, isto é, a de ser verdadeiramente homem.
No entanto, antes de ser homem, se é criança, nisto Rousseau empenhou-se para que a
sociedade de sua época compreendesse que a criança tem necessidades específicas que
precisam ser suprimas para que esta se desenvolva e torne-se homem. Segundo
SOËTARD, Michel “Rousseau, iniciador de uma “revolução coperniciana”, situou a
criança no centro do processo educacional” (2010, p.12)
Assim, a preocupação central é com o educar. Pois em uma pesrpesctiva de
análise a partir da linguagem, essa criança será educada para conservar essa
naturalidade do processo linguístico que a natureza humana apresenta, uma vez que a
sociedade das aparências tende a corrompê-la em vários aspectos, inclusive sua
linguagem. Será ela, a educação que “salvará o homem desse dilúvio social”
(SOËTARD, 2010, p.13) que dará o norte para prover, instruir e formar a criança. Pois
segundo Rousseau:
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